As chamadas debêntures participativas da mineradora Vale, emitidas em 1997, geraram a seus detentores em 2020 uma remuneração recorde, de quase R$ 1,57 bilhão, segundo relatório divulgado pela companhia na noite de ontem (1).
O valor representou aumento de cerca de 74% frente a 2019. Apenas no segundo semestre o prêmio pago aos donos desses títulos mais do que dobrou, com salto de 117%, para R$ 2,76 por debênture participativa, contra R$ 1,27 no primeiro semestre e R$ 1,30 no mesmo período de 2019.
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O aumento na remuneração ocorre em momento em que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) prepara a venda de debêntures participativas da Vale detidas por ele, seu braço de participações BNDESPar e pela União.
A Vale disse no final de março que recebeu confirmação do BNDES sobre o lançamento de uma oferta pública para venda de inicialmente 142 milhões de debêntures, sendo 93,9 milhões delas da União. A operação será realizada no Brasil e contará com esforços de colocação no exterior. O volume ofertado ainda poderá ser ampliado em até 50,94%.
No final de 2020, havia em circulação cerca de 388,5 milhões dessas debêntures – BNDES e União, que farão a oferta, eram titulares de aproximadamente 55% do total.
As debêntures participativas pagam prêmios que são calculados sobre um percentual do faturamento líquido da companhia com a venda de finos de minério de ferro oriundos de seu Sistema Norte e das vendas de concentrado de cobre da mina de Sossego, além de outros valores.
A Vale já disse em algumas oportunidades que não participará como potencial compradora na oferta secundária das debêntures pelo BNDES. A empresa alegou que não possui todas autorizações regulatórias necessárias e tem outros focos para alocação de capital neste momento. (Com Reuters)
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