Os sinais do mercado de trabalho nos Estados Unidos são conflitantes em um grau “sem precedentes”, mas aqueles que sugerem uma folga no mercado de trabalho devem receber mais peso do que aqueles que apontam para um aperto, de acordo com um artigo publicado ontem (31) pelo Fed (Federal Reserve) de São Francisco.
O documento analisou 26 medidas do mercado de trabalho que normalmente se movem em conjunto e descobriu que, durante a recuperação atual, os sinais dados são extremamente divergentes sobre a saúde do mercado de trabalho.
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A taxa de criação de novos postos de trabalho, por exemplo, sugere que o mercado de trabalho está muito mais apertado do que a taxa de desemprego; a taxa de participação da força de trabalho aponta para muito mais ociosidade do que o detectado na taxa de desemprego.
Uma vez que a pandemia forçou muitas pessoas a sair da força de trabalho, “sinais negativos, como a baixa taxa de participação na força de trabalho, fornecem uma leitura melhor do que os sinais positivos”, argumentaram os pesquisadores. “Em geral, nossas descobertas revelam que a situação do mercado de trabalho é pior do que alguns números das manchetes sugerem.”
Os banqueiros centrais dos EUA estão debatendo o quão apertado o mercado de trabalho norte-americano se tornou em meio a relatos generalizados de empregadores sobre dificuldades de contratação, mesmo porque a economia ainda tem 8 milhões de pessoas a menos trabalhando do que antes da pandemia.
A questão é importante porque o Fed diz que poderia começar a reduzir seu apoio à economia uma vez que a inflação e o mercado de trabalho tenham feito “mais progressos substanciais” em direção às metas do Fed de 2% de inflação e pleno emprego. No entanto, o banco ainda não definiu exatamente como irá medir esse progresso.
A taxa de desemprego nos EUA foi de 6,1% em abril e uma leitura para maio será divulgada na sexta-feira (04). (Com Reuters)
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