Um show de 24 horas em seis continentes com alguns dos maiores artistas será realizado em setembro.
The Weeknd, Ed Sheeran, BTS, Coldplay, Billie Eilish e Usher estão entre os artistas que farão shows no dia 25 de setembro em Lagos, Rio de Janeiro, Nova York, Paris, Londres, Seul, Los Angeles e Sydney.
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Com início na Austrália, o Global Citizen Live continuará por 24 horas enquanto será transmitido para audiências de todo o mundo em vários canais e sites de streaming.
Mas, como em shows anteriores organizados pelo Global Citizen, organização internacional que trabalha para erradicar a pobreza extrema, o objetivo do evento não é ganhar dinheiro, mas convencer os ricos e poderosos a fazer mais para ajudar a causa e reverter a mudança climática após o revés da Covid-19.
“A Covid-19 reverteu drasticamente o progresso em direção aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, empurrando mais de 160 milhões de pessoas de volta à pobreza extrema. Existem agora mais de 40 milhões de pessoas à beira da fome”, disse Hugh Evans, CEO da Global Citizen.
Ele quer ver governos, empresas e filantropos fazerem mais. Os artistas do evento irão pressioná-los a doar US$ 6 bilhões para os esforços de combate à fome, US$ 400 milhões para educação e mobilizar US$ 250 milhões para apoiar os esforços de resposta à Covid-19. Depois, há os bilhões de árvores que precisam ser protegidas e restauradas, além de um bilhão de vacinas para proteção contra a Covid-19 a serem doadas aos mais necessitados até setembro.
É uma tarefa difícil, mas o momento do evento foi arranjado para pressão máxima. O grupo de países do G20 deve se reunir em outubro e o evento de mudança climática COP26 está programado para novembro.
Realizar parte do evento na Nigéria é especialmente comovente. Menos de 3% dos africanos receberam a vacina da Covid-19, e a OMS (Organização Mundial da Saúde) está preocupada que uma terceira onda cause estragos. “O pior ainda está por vir, já que a terceira onda de movimento rápido continua ganhando velocidade e novo terreno”, disse Matshidiso Moeti, diretor regional da OMS para a África no início deste mês.
“O Global Citizen Live nos traz de volta à realidade, lembrando a comunidade global que a caridade deve começar em casa e que devemos preservar nossa terra e ser os guardiões de nossos irmãos e irmãs”, disse Geoffrey Onyeama, ministro de Relações Exteriores da Nigéria.
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O Global Citizen tem histórico de colocar a mão na massa. O show “One World: Together At Home” (“Um Mundo: Juntos em Casa”, em tradução livre) elevou o ânimo e encorajou as pessoas a ficarem em casa durante os piores meses da pandemia em abril de 2020. Em junho do ano passado, seu evento “Unite for Our Future” (“Unir Pelo Nosso Futuro”, em tradução livre) arrecadou US$ 8 bilhões para as causas da Covid-19.
Em maio deste ano, a organização sediou outro evento com o Príncipe Harry e Meghan para incentivar os fabricantes de vacinas a doar mais doses aos países mais pobres do mundo. O evento mobilizou mais de 26 milhões de doses de imunizantes contra a Covid-19 e US$ 302 milhões para o a iniciativa do G20 ACT-Accelerator para acesso equitativo à saúde para os países mais necessitados.
Venda de ingressos será anunciado no próximo mês
O evento de setembro será o primeiro show completo desde o início da pandemia do coronavírus. É, na verdade, uma versão adiada e atualizada de um evento agendado para setembro de 2020 que foi cancelado devido à Covid-19.
Os organizadores estão otimistas sobre realizá-lo este ano. Detalhes a respeito de como as pessoas deverão comparecer pessoalmente serão anunciados no próximo mês.
As restrições da Covid-19 ainda prevalecem na maioria dos países onde os eventos estão programados, com pouca evidência do que acontecerá até setembro.
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