O Ibovespa fechou em alta de 1,41%, a 113.455 pontos, seguindo a tendência global de maior apetite por risco e apoiado sobretudo em papéis ligados ao mercado doméstico.
Entre os destaques positivos do dia na Bolsa brasileira estão as ações da Cogna (COGN3), que avançaram 7,43%, a R$ 3,18. Leo Monteiro, analista da Ativa Investimentos, afirma que a valorização é reflexo da recuperação do setor após quase dois anos sem o ensino presencial. “A perspectiva é que 2022 seja bem melhor para o mercado educacional e isso já está refletindo nos papéis da empresa”, diz.
Por outro lado, as ações de companhias siderúrgicas ficaram novamente entre as cinco maiores baixas. O preço do minério de ferro caiu depois que autoridades chinesas informaram que as importações da commodity encolheram 1,9% em setembro em comparação com o mês anterior. Vale (VALE3), CSN (CSNA3), e Usiminas (USIM5) cederam 2,73%, 2,03%, e 1,39%, respectivamente.
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O dólar também fechou o dia em queda, de 0,51%, a R$ 5,5081 na venda, após intervenção do Banco Central, que injetou US$ 1 bilhão no mercado de câmbio. O leilão de contratos de swap cambial tradicional – que funciona como uma venda de dólares no mercado de dólar futuro – teve início por volta de 15h, quando a moeda atingiu a máxima do dia, quar. Ainda assim, a cotação encerrou acima da linha psicológica de R$ 5,50, tida como um termômetro de maior aversão a risco.
A cotação refletiu dados da inflação dos EUA, que cresceu 0,4% no mês passado, 0,1 ponto percentual acima da expectativa de economistas consultados pela Reuters. “Uma inflação mais forte poderia antecipar uma elevação de juros, o que faria a moeda norte-americana se valorizar em relação às demais, em especial as emergentes”, explica Flávio de Oliveira, head de Renda Variável da Zahl Investimentos.
Em Wall Street, os índices registraram leve alta, com exceção do Dow Jones, que fechou estável a 34.377 pontos. O S&P 500 subiu 0,30%, a 4.363 pontos; e o Nasdaq avançou 0,73%, a 14.571 pontos.
O pregão em Nova York foi pautado pela divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve, o banco central dos EUA. Os formuladores da política monetária norte-americana sinalizaram que podem começar a reduzir as compras de títulos em meados de novembro, embora permaneçam divididos sobre o tamanho da ameaça que a inflação alta apresenta e sobre o quão cedo podem precisar começar a elevar os juros em resposta.