O Ibovespa fechou em leve queda de 0,19%, a 114.428 pontos, após uma sessão de muita volatilidade pautada pela repercussão de resultados macroeconômicos da China. O PIB chinês avançou 4,9% no terceiro trimestre deste ano, na comparação com o intervalo de abril e junho, ante 5,1% esperados pelo mercado.
O destaque positivo do dia foi a Lojas Americanas (LAME3 e LAME4), que encerrou em alta de 27,42% e 21,28%, respectivamente, após anúncio de que a companhia estuda uma fusão com a Americanas (AMER3) antes de o grupo listar ações na Nasdaq.
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Em Wall Street, os principais índices fecharam no azul, com exceção do Dow Jones, que teve leve queda de 0,10%, a 35.258 pontos. O S&P 500 subiu 0,34%, a 4.486 pontos; e o Nasdaq avançou 0,84%, a 15.021 pontos.
As bolsas de Nova York vêm registrando altas nos últimos pregões, impulsionadas pelos bons números dos balanços do último trimestre divulgados até agora. Expectativas em torno dos resultados de Netflix, Verizon, Tesla e Intel, previstos para esta semana, fizeram as ações do setor de tecnologia subirem em bloco nesta sessão.
Segundo o Federal Reserve, Banco Central dos EUA, a produção industrial do país recuou 0,7% no mês passado, maior queda desde fevereiro deste ano. Economistas consultados pela Reuters previam avanço de 0,1%. Os dados de agosto foram revisados para baixo, agora em queda de 0,4%, em vez da alta de 0,2% relatada anteriormente. Entre os fatores que contribuíram para o resultado de setembro estão a escassez global de semicondutores, que deprimiu a produção de automóveis, e a passagem do furacão Ida, que interrompeu as operações “offshore” de empresas de energia.
O dólar se manteve acima da marca psicológica de R$ 5,50 e fechou em alta de 1,23%, a R$ 5,5199 na venda, após o quarto dia consecutivo de intervenção do Banco Central no mercado de câmbio.
Fernanda Consorte, economista-chefe do Banco Ourinvest, afirma que a cotação refletiu o cenário geral de cautela por causa dos dados mais fracos da China e da Europa. “Isso pesa mais para moedas emergentes de forma geral. O real, porém, se desvalorizou mais que seus pares”, diz ela. “Há ainda uma percepção de piora local, com contínua revisão de crescimento [brasileiro] para abaixo e as expectativas sobre a votação da PEC dos precatórios e do novo bolsa família.” (Com Reuters)