O Ibovespa opera em alta de 0,59% abertura do pregão de hoje (25), a 105.115 pontos perto das 10h10, horário de Brasília. O mercado doméstico repercute a prévia da inflação oficial e continua de olho nas decisões fiscais. No cenário internacional, investidores seguem atentos ao possível aumento de juros do Federal Reserve.
O dólar cai 0,28% ante o real por volta das 10h10. a moeda era negociada a R$ 5,5793.
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No cenário político, a votação da PEC dos Precatórios no Senado foi adiada para o próximo dia 30, data definida na tarde de ontem, após pedido de vistas para dar mais tempo de discussão do parecer apresentado pelo líder do governo Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE).
Assim, as atenções ficam agora voltadas para a votação da Medida Provisória do Auxílio Brasil, pela Câmara dos Deputados, cuja sessão está marcada para hoje.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, subiu 1,17% em novembro, sobre alta de 1,20% no mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No ano, o indicador acumula alta de 9,57%, e nos últimos 12 meses, de 10,73%, acima dos 10,34% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. No mês, o índice ficou levemente acima do esperado por economistas consultados pela Refinitiv, de alta de 1,10% frente a outubro, e de 10,65% na comparação anual.
Mercados internacionais
Nos Estados Unidos, as bolsas estão fechadas por conta do feriado do Dia de Ação de Graças. Na tarde de ontem, os integrantes do Federal Reserve informaram estar preparados para aumentar juros caso a inflação não comece a cair, conforme a ata da Fomc.
Para o Goldman Sachs, o Federal Reserve provavelmente irá dobrar o ritmo de redução das compras mensais de títulos a partir de janeiro, para US$ 30 bilhões, e encerrará o programa voltado ao período da pandemia até meados de março.
“A elevada abertura para acelerar o ritmo de redução de estímulos provavelmente reflete na inflação mais alta do que o esperado nos últimos dois meses e maior conforto entre autoridades do Fed de que um ritmo mais rápido não vai causar choque nos mercados financeiros”, disseram analistas liderados por Jan Hatzius.
Apesar do calendário acelerado de redução dos estimulos, os especialistas do Goldman esperam que o Fed comece a elevar os juros apenas a partir de junho, em um total de três vezes em 2022.
Na Ásia, o mercado acionário da China fechou em baixa nesta quinta-feira sob o peso das incorporadoras imobiliárias e de automóveis, enquanto o valor dos semicondutores subiram após o governo dos Estados Unidos colocar algumas fabricantes de chips chinesas em sua lista de proibição comercial.
O movimento norte-americano fortaleceu a crença dos investidores de que a China vai oferecer mais suporte à indústria.
O Hang Seng, de Hong Kong, valorizou 0,22%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em alta de 0,78%. Já na China continental, o índice Shanghai perdeu 0,24%; e no Japão, o índice Nikkei avançou 0,67%.
Na Europa, os gastos das famílias da Alemanha foram o único motor de uma expansão econômica mais fraca que o esperado no terceiro trimestre, mais do que compensando a queda nos investimentos empresariais e no consumo estatal, mostraram dados detalhados nesta quinta-feira.
O Produto Interno Bruto da maior economia do continente cresceu 1,7% entre julho e setembro sobre o trimestre anterior em termos ajustados, informou a Agência Federal de Estatísticas. O resultado ficou abaixo da estimativa de 1,8% publicada no mês passado.
Por lá, as bolsas operam em alta. O Stoxx 600 ganhava 0,26%; na Alemanha, o DAX sobe 0,08%; o CAC 40 em alta de 0,26% na França; na Itália, o FTSE MIB sobe 0,03%; enquanto o FTSE 100 tem valorização de 0,22% no Reino Unido.
Commodities
O minério de ferro registrou a quinta sessão consecutiva de alta nesta quinta-feira, com o contrato de referência de Dalian atingindo máxima de três semanas. Os preços spot subiram acima de US$ 100 a tonelada, impulsionados pela melhora do sentimento em relação ao setor imobiliário da China.
O contrato do minério de ferro mais negociado de janeiro na Bolsa de Commodities de Dalian, na China, fechou em alta de 1,8%, a 611,50 iuanes (95,74 dólares) a tonelada, após atingir 629 iuanes na sessão, o nível mais alto desde 2 de novembro.