O Itaú Unibanco disse nesta quinta-feira que chegou a um acordo para adquirir a corretora digital Ideal, segundo fato relevante. O Itaú pagará cerca de R$ 650 milhões por uma participação de 50,1% e terá o direito de adquirir os 49,9% restantes após cinco anos. Segundo o banco, a aquisição permitirá, entre outros fatores, “a oferta de produtos e serviços financeiros em modelo B2B2C”, a aceleração da entrada no mercado de agentes autônomos de investimentos e o aperfeiçoamento na distribuição de produtos de investimentos para clientes pessoas físicas.
Ainda em relação ao mercado de investimentos, em junho de 2021, o Itaú confirmou que deve exercer, no primeiro trimestre de 2022, o compromisso de compra de uma fatia adicional na XP, segundo informações divulgadas pelo Valor Investe na época. O acordo firmado em 2017 entre as companhias previa a compra da fatia, à época, de 12,5%. Conforme a publicação, após o exercício de compra o Itaú deve decidir o que fará com a participação. A cisão da fatia atual de 41,05% do banco na XP e criação de uma nova companhia, a XPart, foi recentemente aprovada.
Digitalização em curso
A aquisição reforça o posicionamento do banco em apostar em ativos digitais. Em entrevista a Forbes Brasil, em dezembro do ano passado, Milton Maluhy, CEO do banco, ao comentar o histórico recente da digitalização do banco, reforçou que os meios digitais seguem como principal canal de distribuição da instituição. “5,7 milhões de clientes iniciaram relacionamento conosco por esses meios, dos quais 2,2 milhões chegaram pelo iti, nosso banco totalmente digital voltado para um público que busca produtos financeiros de forma gratuita. Hoje, o iti já tem mais de 10 milhões de clientes, dos quais 85% não tinham relacionamento anterior com o Itaú Unibanco. Temos um objetivo desafiador de encerrar 2021 com uma base de 15 milhões de contas no iti”, destacou.