O mercado do varejo tem se especializado em atender as necessidades do consumidor de forma ágil e sustentável. Nos últimos anos, acompanhamos inovações surpreendentes que tornaram a experiência de compra do consumidor cada vez mais rápida e prazerosa.
Essa continua sendo a aposta do CEO do Walmart dos EUA, John Furner, para o que ele chama de “o novo normal” do mercado de varejo, após 22 meses tumultuosos por causa da pandemia da Covid-19. O executivo foi um dos destaques da NRF Big Show de 2022, o maior evento do setor varejista dos Estados Unidos.
“Temos que encontrar o consumidor onde ele quer ser encontrado e servi-lo como ele quer ser servido. No varejo, quando o consumidor encontra uma experiência melhor, ou um produto de melhor qualidade, ele se compromete com outra marca’, afirma ele.
Atualmente, Furner lidera mais de 1,5 milhão de funcionários e é responsável pela performance de mais de 4.700 lojas. Para ele, colocar os clientes no centro da estratégia de uma empresa é a melhor maneira de garantir sua longevidade – o Walmart foi fundado em 1962 e é referência no setor há décadas.
Para seguir essa estratégia, a empresa precisou se adaptar rapidamente às mudanças do ambiente de negócios e das demandas dos consumidores que foram trazidas pela pandemia.
“É importante estar onde o cliente precisa da gente. Foi por isso que o Walmart aprendeu a fazer testes e aplicar vacinas em curto prazo, com o principal foco de apoiar a comunidade”, explica Furner. O CEO conta que a rede varejista também precisou acelerar os processos de contratação de pessoas, que passaram a ser concluídos em menos de um dia.
Quando questionado sobre o aumento da inflação norte-americana e seus efeitos sobre os negócios, Furner se mostra otimista.
“Vamos lidar com a pressão e aprender a ser criativos e inovadores para manter o preço dos produtos acessíveis, para que o consumidor não sofra em tempos de inflação”, diz ele.
Impacto social
O Walmart já auxiliou em missões humanitárias no passado, relembra Michael Shay, presidente e CEO da National Retail Federation (Federação Nacional do Varejo dos EUA), citando como exemplo os caminhões de suprimentos enviados para Nova Orleans quando o furacão Katrina atingiu a região, em 2005.
“Buscamos sempre os melhores talentos e como podemos ser o melhor e dar o máximo em todas as situações. Reconhecer o trabalho do indivíduo é fundamental, mas a missão da empresa é mais importante. O indivíduo pode ir embora, mas a missão continua”, diz Furner.
O conselho do CEO do Walmart nos Estados Unidos para um futuro melhor é simples: a indústria do varejo precisa se unir e trabalhar para ajudar a sociedade, com foco na sustentabilidade.
“O Walmart consegue criar escala para ajudar o mundo, mas é algo que precisamos fazer juntos. Tem muitas coisas que podem ser feitas em energia e confecção de produtos. Hoje o Walmart vende óculos que são feitos com plástico que são resgatados do oceano, em parceria com outra empresa. Você não precisa resolver tudo, mas você pode ajudar”.