SÃO PAULO (Reuters) – As condições das lavouras de milho segunda safra do Paraná voltaram a apresentar uma piora na última semana, mas isso não deve impactar os números de colheita, uma vez que as plantações em sua maioria estão boas, avaliou o Departamento de Economia Rural (Deral) nesta terça-feira.
O total de lavouras avaliadas como boas passou de 92% na última semana para 88%, enquanto aquelas avaliadas como “médias” somaram 10% (ante 7%), e 2% da safra está em condição ruim, contra 1% sete dias atrás.
Na semana passada, o milho de inverno já tinha apresentado uma leve piora nas condições devido a chuvas excessivas em abril.
“É mais um ajuste de número devido a quantidade de chuvas, isso não deve trazer redução na produção do Estado”, afirmou o especialista do Deral Edmar Gervásio.
O Paraná é tradicionalmente o segundo produtor de milho do Brasil, atrás de Mato Grosso.
Segundo ele, algumas áreas agora consideradas “médias” podem voltar a ser qualificadas como “boas” nas próximas semanas.
Conforme Gervásio, a colheita pode começar na última semana do mês, mas é a partir da segunda quinzena de junho que os volumes aumentam.
Pela estimativa de abril do órgão do governo do Estado, a segunda safra de milho do Paraná deve atingir um recorde de cerca de 16 milhões de toneladas, versus apenas 5,7 milhões de toneladas em 2021, quando as lavouras sofreram com seca e geadas.
O Deral registrou ainda um avanço do plantio de trigo, já semeado em 26% da área projetada, enquanto 99% das lavouras estão em boas condições.
(Por Roberto Samora)