NOVA YORK (Reuters) – O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump precisa pagar uma multa de 110.000 dólares e cumprir outras condições para eliminar uma condenção judicial por descumprimento de uma intimação em investigação civil sobre suas práticas comerciais pela Procuradoria-Geral do Estado de Nova York, determinou um juiz nesta quarta-feira.
O juiz Arthur Engoron também acusou Trump, durante uma audiência virtual, de fazer uma alegação falsa em declaração juramentada relacionada à solicitação de documentos relativos ao negócio imobiliário de sua família, a Organização Trump.
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Engoron disse que uma multa de 10.000 dólares por dia que ele impôs a Trump em abril por não cumprir a intimação parou de acumular na sexta-feira, quando o ex-presidente e seus advogados apresentaram novas declarações juramentadas detalhando as etapas que tomaram para encontrar documentos relevantes para a investigação da procuradora-geral Letitia James.
Trump disse na declaração juramentada de 6 de maio que não possui nenhum documento relevante.
Engoron discordou da afirmação de Trump de que ele não se comunica digitalmente desde 2010, apontando para suas postagens no Twitter e postagens atuais na Truth Social, uma rede social que ele fundou.
“Todos nós sabemos que ele usa comunicação eletrônica — 80 milhões de pessoas estavam em sua conta do Twitter”, disse Engoron. “Uma frase tem que ser verdadeira. Essa frase simplesmente não é verdade.”
Michael Madaio, advogado de Trump, afirmou que a declaração não pretendia implicar que Trump não postou nas redes sociais. Alina Habba, outra advogada de Trump, disse que Trump não usou mensagens diretas no Twitter e que seus tuítes não eram relevantes para a investigação.
O juiz deu a Trump até 20 de maio para cumprir as condições adicionais, ou então a ordem de desacato poderia ser restaurada e a multa restabelecida retroativamente.