O bitcoin se estabilizou hoje (14) depois de atingir uma nova mínima de 18 meses, com o congelamento de saques do banco norte-americano de criptomoedas Celsius Network e a perspectiva de aumentos acentuados nas taxas de juros dos Estados Unidos.
A criptomoeda chegou a operar em terreno positivo depois de cair até 7,3%, para US$ 20.816, o menor patamar desde dezembro de 2020. Às 11h48 (horário de Brasília), a moeda digital exibia queda de 0,14%, a US$ 22.419.
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Ontem (13), o bitcoin caiu 15%, o recuo mais acentuado em um dia desde março de 2020. No ano, a criptomoeda acumula baixa de cerca de 50%, sendo mais de 20% desde sexta-feira. Desde o recorde de US$ 69 mil em novembro, a moeda digital acumula queda de quase 70%.
Citando condições “extremas” do mercado, o Celsius disse esta semana que congelou saques e transferências entre contas “para estabilizar a liquidez e as operações enquanto tomamos medidas para preservar e proteger os ativos”.
A medida, combinada com as expectativas de aumentos mais acentuados das taxas de juros pelo Federal Reserve, empurrou o valor do mercado de criptomoedas para menos de US$ 1 trilhão pela primeira vez desde janeiro de 2021.
“Com o sentimento sobre o risco mais amplo firmemente negativo, os vendedores tiveram tudo à sua maneira por alguns dias”, disse Richard Usher, da empresa de criptomoedas BCB Group. “Será necessária uma mudança no sentimento geral de risco para mudar o preço significativamente.”
O pessimismo contaminava uma série de empresas no mercado de criptomoedas. Mais cedo, a corretora Coinbase Global anunciou demissão de 18% da força de trabalho, cerca de 1.100 empregos, como parte de estratégia para reduzir custos.
A segunda mais importante criptomoeda depois do bitcoin, o ether, tentava recuperar terreno perdido depois de cair até 10%, para US$ 1.075, novo menor nível em 15 meses. A criptomoeda acumula queda de 75% em relação ao recorde de US$ 4.869, atingido em novembro.