A Vale prevê produzir entre 310 milhões e 320 milhões de toneladas de minério de ferro no próximo ano, ante 310 milhões de toneladas em 2022, segundo apresentação publicada pela companhia nesta quarta-feira, antes do evento anual da mineradora Vale Day com investidores.
A estimativa para o encerramento deste ano ficou no limite inferior do intervalo de produção previsto para 2022, que era também de 310 milhões a 320 milhões de toneladas e abaixo do registrado em 2021, quando a companhia produziu 315,61 milhões de toneladas de minério de ferro.
O foco em minério de ferro, reiterou a companhia, tem sido “em melhorar a qualidade gradualmente”, enquanto recupera a capacidade em Minas Gerais, reduzida diante de revisões necessárias de segurança após o rompimento mortal de barragem em Brumadinho, em janeiro de 2019.
A companhia também vem enfrentando restrições de licenciamento em Serra Norte, o que a levou a revisar o plano de produção.
Com foco em minério de ferro de maior valor agregado, a empresa prevê teor médio de ferro de 62,3% neste ano, 62,9% em 2023, 63,5% em 2026 e 64% em 2030 em diante.
Acompanhe em primeira mão o conteúdo do Forbes Money no Telegram
Para 2026, a previsão da companhia é produzir no intervalo de 340-360 milhões de toneladas e, em 2030, acima de 360 milhões de toneladas.
Uma das maiores produtoras globais de minério de ferro, a Vale estima produzir entre 36 milhões e 40 milhões de toneladas de pelotas em 2023, contra 33 previstos para este ano.
Metais básicos da Vale
Já do lado de metais básicos, a produção de níquel da Vale deve atingir 160-175 mil toneladas no próximo ano, contra 180 milhões estimados em 2022 e 168 mil toneladas em 2021.
Já a produção de cobre deverá ficar em 335-370 mil toneladas em 2023, ante 260 mil estimados para 2022 e 296,8 mil toneladas em 2021.
A companhia prevê investimentos de 6 bilhões de dólares em 2023, contra 5,5 bilhões no ano passado. A média anual de aportes para o período entre 2024 e 2027 será de 6 bilhões a 6,5 bilhões de dólares.
Os compromissos com os desastres com barragens de mineração nas cidades mineiras de Brumadinho e Mariana vão somar em 2022 2,8 bilhões de dólares, subindo a 3,9 bilhões de dólares em 2023, para depois cair para 2,9 bilhões em 2024 e 1,8 bilhão em 2025 e 2026.