Na última terça-feira (2), a NASA negou que um coletivo afiliado de hackers, Anonsec, tenha invadido um de seus drones de uma estação espacial. O órgão do governo norte-americano disse também que acredita que os 250GB de dados divulgados já fossem públicos.
A Anonsec, no domingo (31), foi a instituição que divulgou ter 150GB de registros, incluindo nomes, e-mails, números telefônicos de aproximadamente 2.400 funcionários, que já estariam disponíveis e hospedados em diferentes servidores. O grupo também afirmou ter adquirido um controle parcial de um dos drones da NASA durante um voo sobre o Oceano Pacífico, uma aeronave não tripulada, utilizada para coleta de dados.
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Mas a NASA negou a informação e enviou a seguinte declaração à FORBES: “O controle de nossas aeronaves não foi comprometido. Não temos nenhuma evidência que indica que o hackeamento de dados tenha ido além do que já é público. A NASA leva muito a sério a segurança cibernética e continuará investigando, de forma plena, todas estas alegações”.
A NASA tem uma enorme variedade de informações disponíveis que hackers podem dizer ter retirado de sistemas internos. Estas páginas de dados, aliás, possuem mais de 30.000 itens.
Um dos que clamou para que algo fosse feito em relação ao ataque e teve suas criptografias traduzidas e associadas ao e-mail que continha os dados, foi o Jabber, uma comunidade de usuários e desenvolvedores de serviços baseados em XMPP, base para software que podem ser distribuídos em milhares de servidores online e compartilhados por todo o mundo. Ela também denunciou que os dados tenham sido acessados por meio do grupo chinês comprado por bitcoins (uma espécie de criptomoedas), em 2013. Para os dois anos seguintes, eles supostamente estudaram profundamente a vulnerabilidade dos sistemas.
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Ao serem questionados do porquê de a NASA ter sido a escolhida para a ação, o administrador da Anonsec respondeu “pela diversão em cortar a NASA, mas quando invadimos a rede, logo nos deparamos com os Centros de Pesquisa de Voo”.
Um post do grupo no Pastebin, um tipo de rede social para expor um plano, portanto, apontou motivações políticas como motivo. Eles alegavam que a NASA tenha sido responsável por “chemtrails”, uma teoria da conspiração que sustenta que os rastros deixados por alguns aviões são, na verdade, trilhas químicas, deliberadamente pulverizadas a grandes altitudes, com propósitos de controle do clima, causando danos à saúde da população.
Anteriormente, supostas violações da NASA causaram diversas controvérsias, principalmente quando Brit Gary McKinnon esteve infiltrado na agência e captou informações sobre extraterrestres. O governo norte-americano luta para que McKinnon seja punido, mas eventualmente fracassou devido as preocupações com o bem-estar do hacker, que teve muito apoio da comunidade.