Como parte do plano para morrer sem dinheiro, o bancário e magnata T. Denny Sanford gastou mais de US$ 1 bilhão com filantropia e ainda visa ser o melhor do mundo nisso. Por ser um dos doadores com os bolsos mais cheios (a própria FORBES estima cerca de US$ 1,4 bilhão) e de doações de grandes impactos (sua equipe é formada apenas por um secretário, um gerente e os cheques são provenientes de sua conta pessoal). Sanford foi, no mundo, uma das pessoas que mais arrecadou dinheiro para causas nobres.
Com tal histórico, ele, em parceria com a Universidade de San Diego, na Califórnia, criou, em 2014, o Instituto Sanford of Philanthropy, que tem o objetivo formar filantropos. É, basicamente, um segmento sem fins lucrativos com abundância em sólidos programas destinados a gestores, líderes e administradores que vai de porta em porta.
“Uma característica [única sobre mim é que gosto de encontrar espaços vazios”, disse Sanford. “E não há nenhuma outra sensação que se equipare a isso”.
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Sanford ajudou no desenvolvimento do livro “Cause Selling: The Sanford Way” (“Motivo de venda: um caminho para Sanford”, em português). Basicamente um livro que auxilia nos princípios e nas práticas mais eficazes na captação de recursos de acordo com o tempo, com a gestão do território e com a arte de lançar uma causa e constituir relacionamentos com doadores. No segundo semestre de 2014, o Instituto Sanford of Philanthropy, fundiu suas teorias às práticas em seminários de capacitação de líderes locais sem fins lucrativos. Já ocorreram cerca de oito eventos, reunindo cerca de 300 participantes, cada.
Há cerca de um mês, a universidade John F. Kennedy, próxima a São Francisco, foi uma das que realizou o evento. O enfoque da universidade foi voltado ao serviço comunitário, certificando que seus alunos cumprissem cerca de 30 horas de serviço antes da graduação e oferecendo, ao longo da região, aconselhamento psicológico e de saúde mental.
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“O que observamos nesta área foi uma paixão pela filantropia, principalmente partindo desta nova geração”, disse a presidente da John F. Kennedy University, Debra Bean. “Eles têm um verdadeiro sentimento de responsabilidade corporativa, mas não necessariamente sabem a melhor maneira de converter a paixão pela filantropia em uma organização sustentável e sem fins lucrativos”.
Toda essa expansão se tornou possível pelos antigos investimentos de Sanford. Primeiro, ele comprou um banco, que passou a reconstituir créditos de seus clientes. Hoje, ele canaliza dividendos com suas instituições de caridade associadas, grande parte voltada para causas infantis e pesquisas médicas. Uma das doações mais notáveis foi de cerca de US$ 1 bilhão para a Sanford Gealth, uma rede nacional de hospitais norte-americanos sem fins lucrativos.
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Mas apesar de toda essa generosidade, Sanford diz que ainda é mais rico do que quando começou a ganhar muito dinheiro. De qualquer forma, sua maior vontade é direcionar todo o dinheiro à caridade, eventualmente.