O ano de 2016 chega à metade com muitas descobertas no mundo da astronomia. No início deste mês, o Telescópio Kepler, da NASA, identifica mais de mil novos exoplanetas, aqueles que não pertencem ao Sistema Solar. Destes, nove podem apresentar condições ideias para a vida.
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Em fevereiro, uma equipe do observatório Ligo, nos Estados Unidos, anunciou que um par de detectores laser gigantes conseguiu medir as minúsculas ondas no espaço e tempo teorizadas originalmente por Albert Einstein um século atrás, encerrando uma busca que já durava décadas. A notícia foi tão grande que eles receberam um prêmio de US$ 3 milhões.
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Veja na galeria de fotos as 10 maiores de cobertas especiais deste ano até então:
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Telescópio Kepler identifica mais de mil novos exoplanetas
O telescópio espacial Kepler, da NASA, identificou 1.284 novos exoplanetas, aqueles que não pertencem ao Sistema Solar, no início de maio. Nove deles podem apresentar condições ideias para a vida. Desde 2009, já se somam 4.500 os conhecidos pela agência espacial norte-americana.
Os nove planetas mais propensos a abrigarem vida são os que têm a proximidade de suas estrelas similar à que a Terra tem do Sol. Nestas condições, os corpos poderiam ter água em sua composição.
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Cientistas detectam de ondas gravitacionais previstas por Einstein (e ganham US$ 3 milhões)
Em fevereiro, uma equipe do Observatório de Onda Gravitacional por Interferômetro Laser (Ligo), dos Estados Unidos, anunciou que um par de detectores laser gigantes conseguiu medir as minúsculas ondas no espaço e tempo teorizadas originalmente por Albert Einstein um século atrás, encerrando uma busca que já durava décadas.
Os pesquisadores que ajudaram a detectar ondas gravitacionais pela primeira vez, confirmando parte da teoria de Albert Einstein em um momento marcante da história da ciência, dividirão US$ 3 milhões do Prêmio Especial da Descoberta, de acordo com o comitê de seleção da honraria.
A premiação, que contempla feitos científicos, foi criada pelo bilionário russo Yuri Milner, assim como vários magnatas da tecnologia, como o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, e o cofundador do Google, Sergey Brin.
Einstein previu as ondas gravitacionais na Teoria Geral da Relatividade, que explicou a gravidade como distorções tanto no espaço quanto no tempo causadas por corpos materiais.
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Cientistas descobrem pista sobre o surgimento da vida na Terra
Explosões solares três vezes mais potentes do que as já registradas pela astronomia moderna podem ter produzido as condições ideais para o surgimento da vida na Terra.
Um estudo da revista de astronomia “Nature Geoscience”, revelado neste semana, mapeou estrelas como o Sol através do telescópio Kepler e mostrou como teria sido o Sistema Solar em seus primeiros momentos, quando o grande astro era muitas vezes mais ativo do que é hoje.
“Sabemos que a vida na Terra surgiu há 4 bilhões de anos. Mas o que não sabemos é por que surgiu há 4 bilhões de anos, e não há 1, 2 ou 3”, explicou o coautor do estudo Vladimir Airapetian.
O cientista acredita que a resposta possa estar nas explosões solares, que teriam ajudado a aquecer a atmosfera da Terra. “Não faz sentido que a Terra tenha ficado tanto tempo congelada para descongelar depois naturalmente, quando a energia do nossos astro já não era tão forte”, contou Ramses Ramirez, outro cientista que participou da pesquisa.
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Astrônomos descobrem o primeiro cometa sem cauda
Astrônomos descobriram um cometa sem cauda, o primeiro do tipo, cuja composição pode oferecer pistas para antigas questões sobre a formação e a evolução do sistema solar, de acordo com pesquisa publicada no final de abril no periódico “Science Advances”.
O chamado cometa “Manx”, batizado com o nome de uma raça de gato sem cauda, foi formado por materiais rochosos que são normalmente encontrados perto da Terra. A maioria dos cometas são feitos de gelo e outros componentes congelados e formado nos extremos frios do sistema solar.
Pesquisadores acreditam que o recém-descoberto cometa foi formado na mesma região da Terra e então lançado para o quintal do sistema solar como num estilingue gravitacional, enquanto os planetas se empurravam por suas posições.
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Novas descobertas aumentam as chances de existir um nono planeta
A ideia da existência de um nono grande planeta não é nova, mas apesar da repercussão sobre o tema, a dúvida sobre a possível existência persiste devido ao fato dele ainda não ter sido detectado.
No final de janeiro, os cientistas Konstantin Batygin e Michael Brown publicaram um artigo no “Astronomical Journal” que sugeria uma explicação mais plausível para que pudessem pensar em dados palpáveis sobre a suposta existência de um planeta invisível e muito distante.
Esta não foi a primeira publicação do tipo, Chadwick Trujillo e Scott Sheppard publicaram uma carta curta na “Nature”, em 2014, fazendo a mesma sugestão.
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Lua de Júpiter pode abrigar vida, diz NASA
Um estudo publicado no periódico “Geophysical Research Letters” na semana passada mostrou que o balanço químico dos oceanos de Europa, uma das 67 luas de Júpiter, podem ser muito parecidos com o da Terra. Isso significa que é possível que exista hidrogênio e oxigênio em quantidades suficientes para a formação de vida.
Os cientistas descobriram que a quantidade dos elementos são comparáveis em escala e que a produção de oxigênio é cerca de dez vezes maior do que a produção de hidrogênio tanto na Terra quanto em Europa. A formação de hidrogênio e calor no nosso planeta se dá quando a água salgada do mar penetra nas fissuras do planeta e reage com os minerais existentes ali. Por isso, descobrir se esta reação acontece em Europa é o foco dos pesquisadores agora.
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Australianos descobrem buraco negro supermassivo formado por três galáxias
Em abril, um grupo de cientistas australianos descobriu um buraco negro com massa 3 bilhões de vezes maior que a do Sol. Formado em uma galáxia há cerca de 1,8 bilhões de anos-luz da Terra, o fenômeno chamou a atenção dos pesquisadores por ser formado de um trio de galáxias espirais que estão praticamente colidindo.
A descoberta do buraco negro supermassivo, que está no centro da colisão, aconteceu por acidente, enquanto a equipe fazia uma observação de teste do novo telescópio gigante na Austrália durante uma medição de rotina.
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NASA descobre atmosfera em exoplaneta duas vezes maior do que a Terra
Chamado “Super-Terra”, por seu tamanho, o exoplaneta “55 Cancri e” teve sua atmosfera caracterizada pela primeira vez em fevereiro. Com o Telescópio Espacial Hubble, da NASA, astrônomos detectaram hidrogênio e hélio, mas nenhum vapor de água, no ar do corpo.
Duas vezes maior e oito vezes mais maciço do que a Terra, o “55 Cancri e” se situa a 40 anos-luz de nosso sistema solar. “Este resultado dá uma primeira visão sobre a atmosfera de uma super-Terra”, disse, via comunicado, a coautora do estudo, Giovanna Tinetti, da University College London, no Reino Unido. “Nós agora temos pistas sobre como o planeta é e sobre como ele se formou e evoluiu, e isso tem implicações importantes para ‘55 Cancri e’ e outras super-Terras.”
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Satélites da NASA flagram reconexão magnética pela primeira vez
No dia 13 de maio, uma frota de satélites da NASA conseguiu testemunhar as misteriosas reconexões magnéticas, ocasionadas pelas interações entre os campos da Terra e do Sol e que colocam em risco satélites, espaçonaves e astronautas, pela primeira vez.
O fenômeno permitiu a agência espacial norte-americana entender o que são as perigosas explosões solares. A descoberta foi feita por meio da missão Magnetospheric Multiscale, que lançou quatro naves na magnetosfera, uma bolha de plasma que controla o campo magnético da Terra.
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NASA revela explosão solar cinco vezes maior do que a Terra
Um satélite da NASA encarregado de observar o sol capturou o exato momento de uma explosão solar no dia 17 de abril. O alargamento “de nível médio” visto pelo Observatório Solar Dynamics irrompeu uma mancha solar equivalente a cinco vezes o tamanho da Terra. Agora, ela está se movendo para fora da vista por conta da rotação do planeta.
Telescópio Kepler identifica mais de mil novos exoplanetas
O telescópio espacial Kepler, da NASA, identificou 1.284 novos exoplanetas, aqueles que não pertencem ao Sistema Solar, no início de maio. Nove deles podem apresentar condições ideias para a vida. Desde 2009, já se somam 4.500 os conhecidos pela agência espacial norte-americana.
Os nove planetas mais propensos a abrigarem vida são os que têm a proximidade de suas estrelas similar à que a Terra tem do Sol. Nestas condições, os corpos poderiam ter água em sua composição.