O dólar subia mais de 1,5%, acima de R$ 3,55 nesta segunda-feira (9), após o presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), suspender o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, deixando os investidores confusos sobre como será daqui para frente no campo político.
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O dólar já estava em alta antes da notícia sobre o processo de impeachment, acompanhando o exterior em meio a receios sobre a desaceleração da economia chinesa. Mais uma vez, o Banco Central não anunciou intervenção no mercado de câmbio.
Às 13:11, o dólar avançava 1,64%, a R$ 3,5606 na venda, mas chegou a R$ 3,6767 na máxima desta sessão, em alta de quase 5%. O dólar futuro avançava cerca de 1,5%.
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“O dólar caiu recentemente justamente por causa da expectativa pela mudança de governo e com a notícia (da suspensão do processo de impeachment), a reação natural é estressar”, disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.
Maranhão suspendeu a sessão de votação do processo de impeachment contra a presidente Dilma na Casa citando “vícios” que a tornaram nula, e convocou nova sessão para votar o pedido de impedimento. O deputado disse ainda que já solicitou ao Senado que devolva o processo à Câmara e que a nova votação será realizada na prazo de cinco sessões após a devolução do processo pelo Senado.
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Diante da surpresa, o mercado aguardava os próximos passos. Está marcada para esta quarta-feira a votação pelo Senado do afastamento temporário de Dilma e, caso seja aprovado, ela seria afastada do cargo por até 180 dias e o vice Michel Temer assumiria a Presidência interinamente. Temer já indicou o ex-presidente do BC Henrique Meirelles como seu ministro da Fazenda, o que tem agradado o mercado.
O dólar já subia ante o real pela manhã, em linha com o cenário externo após dados da China mostrarem que a exportações e importações do país caíram mais do que o esperado em abril, ressaltando a demanda fraca internamente e no exterior e esfriando expectativas de recuperação da segunda maior economia do mundo.
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O dólar subia frente aos pesos mexicano e chileno, além de avançar em relação a uma cesta de moedas.
Até o momento, o BC não anunciou leilão de swap cambial reverso, equivalente a compra futura de dólares. Muitos operadores consideram o patamar de R$ 3,50 como o piso que a autoridade monetária tentaria defender.
O BC atuou no início da semana passada, mas está ausente do mercado desde a última quarta-feira (4).