As famílias mais ricas de Florença, na Itália, têm um dom para manter seus negócios funcionando. Há 600 anos, o mesmo grupo de pessoas mantém o posto de mais ricos da cidade, de acordo com uma pesquisa dos economistas italianos Guglielmo Barone e Sauro Mocetti.
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Analisando a declaração de patrimônio e impostos desde 1427, eles descobriram que os mais bem sucedidos da região mantêm os sobrenomes dos ricos daquele ano. “Ainda que este método possa apresentar falhas, as regiões italianas tendem a manter os mesmos sobrenomes durante gerações”, explicou Sauro Mocetti ao site VoxEU.
Os nomes no topo da pirâmide naquela época tinham os melhores empregos e, por isso, ganhavam mais. Enquanto isso, as famílias com ocupações mais simples ganhavam menos.
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O mais surpreendente é analisar que estes sobrenomes se mantiveram no topo mesmo com a campanha napoleônica nos Estados italianos, com o fascismo de Mussolini e duas guerras mundiais.
Outras pesquisas similares mostram que o fenômeno é recorrente em diferentes partes do mundo. Na Inglaterra, por exemplo, estudos mostraram que o status de uma família pode durar mais de oito séculos, por, em média, 28 gerações. Já na China, uma pesquisa traçou o perfil das famílias abastadas e analisou que os sobrenomes são os mesmos desde que Mao Tsé-Tung esteve à frente do país, no período entre 1949 e 1976.