A Samsung decidiu investir US$ 8 bilhões na criação de tecnologia para carros inteligentes. Em busca de uma vantagem sobre as companhias de tec que não entraram no meio automobilístico, a gigante sul-coreana de eletrônicos divulgou, nesta segunda-feira (14), que está construindo sistemas para auxílio de condutores e passageiros e melhoria da segurança nos veículos, em parceria com a Harman International Industries (HAR), empresa norte-americana de entretenimento informativo.
De acordo com Samsung, a indústria de automóveis elétricos e inteligentes serão um mercado de mais de US$ 100 bilhões em 2025.
No final do ano passado, a companhia criou seu próprio negócio para trabalhar em componentes de automóveis autônomos e infotainment. No entanto, a união com a Harman significa uma jogada ainda maior: atualmente, mais de 30 milhões de veículos já utilizam a tecnologia da companhia norte-americana.
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A Samsung está oferecendo US$ 112 em dinheiro por cada ação da Harman, número 28% maior do que o preço no fechamento do pregão na última sexta-feira (11).
A sul-coreana não é a única tech a entrar no meuo: a Apple está trabalhando em um projeto secreto de carro e o Google está desenvolvendo veículos que dirigem de modo autônomo. No mês passado, a produtora de chips Qualcomm lançou US$ 39 bilhões em NXP Semiconductors, o principal player em chips de computação automotiva. Esse foi o segundo maior acordo de tecnologia da empresa.
O aprofundamento da Samsung na indústria de automóveis oferece à empresa uma nova área promissora a ser explorada, enquanto seu ramo de smartphones enfrenta grandes desafios no mercado devido aos problemas com o Galaxy Note 7.
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Maior fabricante de smartphones do mundo, a companhia decidiu cortar a fabricação e distribuição do aparelho no mês passado, depois de receber inúmeras reclamações sobre a bateria do dispositivo pegar foto, o que comprometeu sua reputação e sua receita.
Depois de obter grandes resultados por anos, espera-se que a remessas globais de smartphones cresçam apenas 1,6% em 2016, inclusive em países como os Estados Unidos e o Canadá, de acordo com as previsões da IDC, empresa de pesquisas de mercado norte-americana. Esse número representa uma queda de 10,4% em relação ao ano passado.