Dias depois do bilionário dono da corporação multinacional japonesa de internet e telecomunicações Softbank, Masayoshi Son, se encontrar com Donald Trump para discutir um fundo de investimento de US$ 100 milhões, com metade dessa quantia destinada para companhias norte-americanas de tecnologia, a Apple também pode entrar nessa ação.
A gigante da tecnologia dos Estados Unidos também teria discutido sobre a possibilidade de investir seu próprio dinheiro no maior fundo de investimento da história.
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A companhia discutiu com a Softbank sobre investir aproximadamente US$ 1 bilhão no fundo, de acordo com a agência de notícias “Reuters” e com o jornal norte-americano “Wall Street Journal”, que cita pessoas familiarizadas com o assunto e que afirmou que o acordo de investimento da Apple ainda não foi finalizado.
Esse grande acordo traria o dinheiro da Apple, estimado em US$ 200 bilhões e que está localizado, principalmente, fora dos Estados Unidos, para um dos maiores fundos de investimento do mundo.
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Isso também marca outra mudança na estratégia de investimento da Apple, onde a companhia potencialmente terceiriza um grande pedaço do seu dinheiro através de intermediários.
Historicamente, a Apple já investiu dinheiro em muitas startups novas e desconhecidas com o objetivo de melhorar suas pesquisas e esforços em desenvolvimento. No ano passado, por exemplo, ela comprou a Startup Finnish e a Indoor.io para ajudar a mapear espaços grandes e externos. Ela também escolheu algumas companhias de aprendizados de máquinas, incluindo a Turi, que foi vendida por US$ 200 milhões em agosto.
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No entanto, o investimento maciço no chamado Vision Fund, da Softbank, sugere que a Apple está se movendo rapidamente para investimentos maiores. Em vez de investir em companhias que se integram com seus produtos, a gigante da tecnologia quer lucrar com empresas de tecnologia que já são bem sucedidas por conta própria. Um bom exemplo disso ocorreu em maio, quando a Apple investiu US$ 1 bilhão no popular aplicativo chinês de impostos “Didi Chuning”.
A Softbank investiu US$ 25 bilhões no próprio fundo, entretanto, ela não é o maior investidor do Vision Fund. O governo da Arábia Saudita, que investiu US$ 45 bilhões, é considerado o maior. O governo de Abu Dhabi também planeja investir no fundo, de acordo com o jornal “Wall Street Journal”.
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O envolvimento da Apple no fundo é um outro exemplo da relação duradoura da companhia com a Softbank. Embora este último acordo se pareça mais como um veículo de investimento para o bilionário Son, o seu principal negócio é a sua companhia de telecomunicações do Japão, a qual foi a primeira a distribuir o iPhone em 2008.
A Softbank também está ligada à cadeia de suprimentos da Apple. Son é dito como sendo próximo do chefe da empresa taiwanesa Foxconn Technology, que monta os iPhones. No início do ano, a Softbank gastou US$ 32 bilhões ao comprar a companhia de design de chips inglesa ARM, cujas plaquetas de chip fazem parte do aparelho da Apple.