Ainda na sua infância, a WEG começou a alçar seus primeiros voos no mercado externo: as exportações foram iniciadas nos anos 1970, apenas nove anos depois da fundação da fabricante de equipamentos elétricos que hoje é gigante global.
“O processo de internacionalização da empresa iniciou-se na década de 1970 quando começou a exportar através de oportunidades pontuais. Logo em seguida, a WEG percebeu que o mercado externo trazia muitos ganhos além do faturamento em si”, recorda Gustavo Iensen, diretor internacional da WEG.
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Depois de estabelecer uma estrutura própria de vendas nos seus principais mercados, nos anos 1990, a partir de 2000 a empresa deflagrou sua ofensiva de aquisições no exterior. E o objetivo não era apenas o crescimento físico: “Algumas unidades foram adquiridas por questões tecnológicas, outras para complementação do portfólio de produtos ou diversificação, e outras pela importância da produção local, quer seja nos quesitos logística ou especificidade do produto, quer seja nos quesitos comerciais. Além de permitir um crescimento mais sólido, estas unidades têm permitido aprimorar produtos e processos”, aponta Iensen.
Como resultado, a WEG tem hoje 20 fábricas fora do Brasil, espalhadas em onze países — além de presença comercial em mais de 100 mercados no exterior. A compra mais recente foi a fábrica de motores elétricos Bluffton Motor Works, com sede no Estado de Indiana, nos Estados Unidos, em março.
A grande frota de subsidiárias mostra sua potência nos números da empresa: 57% do faturamento da WEG é gerado fora do Brasil. O percentual representa um salto em relação ao início dos anos 2000, quando a companhia deflagrou as aquisições no exterior e tinha, então, 34% da receita vinda de além-fronteiras.
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Graças ao grande número de fichas que apostou em inovação, o grupo catarinense alcançou posição de vantagem em relação aos concorrentes no mercado internacional. “O contínuo investimento que fizemos em inovação nos destaca em relação a muitos novos players, principalmente os asiáticos, que têm como estratégia a conquista pura e simples do mercado pelo fator preço”, avalia Iensen.
Outro vento a favor da WEG é a forte movimentação no mundo para o tema da conservação de energia. “Isso nos posicionou de forma vantajosa frente a muitos concorrentes — mesmos os mais tradicionais, que enfrentam dificuldades em adaptar e desenvolver seus produtos para atenderem os níveis técnicos de exigência.”