A indústria de brinquedos está cada vez mais interessada no potencial da Internet das Coisas: objetos conectados que estendem as interações online à vida real e vice-versa. No entanto, essas não é uma ideia nova. Criar versões físicas de lugares e personagens imaginários sempre foi uma parte essencial das brincadeiras e do desenvolvimento das crianças.
LEIA MAIS: Conheça a fábrica de brinquedos que planeja valer 1 bilhão de dólares
Muita gente amou a experiência com jogos como “Skylanders”, que colocaram os personagens do videogame no bolso das crianças. Isso sem falar no Lego que desbloqueia veículos e criaturas em jogos como o “Lego Dimensions”. Apesar de tanta tecnologia, ainda são os brinquedos de pelúcia que desfrutam do melhor lugar na cama das crianças.
Há uma coisa que impressionou no estande da Yottoy Production da Toy Fair do ano passado: como versões menos interativas dos personagens podem ser tão importantes quanto as interativas. A tecnologia usada pela marca vem da máquina de costura e do artesanato, mas, nem por isso, os resultados são menos convincentes.
Desde 1995, a Yottoy projeta e desenvolve brinquedos. Seu portfólio inclui clássicos como o Paddington Bear (o famoso ursinho da literatura infantil), Madeline (a menina do desenho animado de mesmo nome) e o elefante Babar, além dos personagens favoritos mais recentes, como os criados pelo ilustrador e autor Greg Pizzoli, da Filadélfia. Os produtos não agradam apenas às crianças, mas também aos adultos, principalmente os avós, que, com entusiasmo renovado, dedicam-se à tarefa de resgatar as histórias desses personagens para ler para os pequenos.
Como muitos dos brinquedos mais tecnológicos, essas reproduções de pelúcia não são baratas. Mas a empresa conseguiu algo que muitos concorrentes estão tentando com seus brinquedos da era da Internet das Coisas: alcançar a longevidade intergeracional.
Esses personagens e histórias resistiram ao teste do tempo. Isso faz com que os adultos se sintam mais satisfeitos ao pagar por eles, porque sabem que serão aproveitados por um número maior de crianças – além dos seus filhos – com o passar das décadas. Algo que, provavelmente, não acontecerá com a coleção de “Skylanders”.