Uma lista de viagens dos sonhos está cheia de lugares como Itália e Islândia, Havaí e Austrália, França e Hong Kong, destinos incríveis, mas caros. Como fazer então para visitá-los e gastar o menos possível?
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Conversei com algumas especialistas ao redor do mundo, mulheres experientes que sabem como viajar de forma inteligente e fizeram todo o dever de casa para viajantes que desejam saber sobre maneiras reais de economizar.
Na galeria de fotos abaixo, elas compartilham suas dicas sobre como planejar uma viagem acessível para alguns dos destinos de férias mais caros do mundo:
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Getty Itália
Especialista: Erica Firpo, jornalista de viagens que, com seu marido, o arqueólogo Darius Arya, oferece consultoria especializada sobre a Itália, em Unlockedrome.com
Não há realmente nenhuma desculpa para não visitar a Itália nos dias de hoje. Restaurantes são menos caros do que em Nova York, Londres e Paris, seja uma trattoria local, uma barraca de comida de rua ou um restaurante com estrelas Michelin. Para aproveitar ao máximo a visita à capital (e gastar o mínimo), considere visitar Roma em janeiro e fevereiro, quando locais como o Coliseu e o Vaticano são menos movimentados e a lotação de hotéis é mais baixa. Muitas propriedades de cinco e quatro estrelas oferecem ofertas incríveis durante a baixa temporada.
Não importa a época do ano, planeje uma caminhada. O centro da cidade de Roma tem a maior concentração de obras-primas (em igrejas, onde tudo que você precisa é uma moeda de 1 ou 2 euros para iluminar um Caravaggio ou um Michelangelo escondido) e monumentos como o Panteão e a Fonte de Trevi. O MuseiinComune tem uma lista de museus de entrada gratuita, que juntos cobrem mais de 2.800 anos de história cultural de Roma, enquanto o ingresso de 7 euros para o Museu Nacional dá acesso a quatro incríveis locais antigos (Palazzo Massimo, Palazzo Altemps, Cripta de Balbo e Termas de Diocleciano) por um período de três dias.
Viajantes que procuram descobrir uma Itália mais “desconhecida” (e mais barata) devem considerar um fim de semana prolongado na Sicília: em Palermo e Catania, a comida é deliciosa e muito diferente da culinária italiana que você conhece, além de a cultura estar sempre diante de você.
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Getty Islândia
Especialista: Katie Hammel, gerente de marketing da Go Overseas e viajante frequente para a Islândia
Apesar dos muitos voos de baixo custo disponíveis para chegar à Islândia, o destino ainda é um lugar caro para se visitar. A cena turística do país também explodiu e o país luta para recuperar o atraso em infraestrutura, mesmo fora da alta temporada, quando hotéis e locadoras de veículos enfrentam escassez de oferta e os preços estão altos. Os quartos básicos doshotéis custam US$ 200 por noite ou mais, carros de aluguel podem custar US$ 100 por dia e os preços de comida e bebida estão no mesmo nível de Londres ou Nova York. Ir na baixa temporada normalmente corta seus custos de aluguel de carros e hotéis em cerca de 20% a 30%. Se você planeja beber, faça como os islandeses e visite a loja duty-free no aeroporto no desembarque. O álcool é muito caro na Islândia e você economizará se comprar bebidas no duty-free em vez de em uma Vínbúðin (lojas administradas pelo governo). O alto preço do álcool também é o motivo pelo qual os clubes na Islândia não ficam ocupados até depois da meia-noite. A maioria dos moradores economiza dinheiro bebendo em casa antes de sair. Para quem não é da noite, ler um jornal local é uma boa pedida para encontrar especiais de happy hour.
Não é preciso alugar um carro se estiver hospedado no centro de Reykjavik. A cidade é compacta e agradável, e há um ônibus que vai e volta do aeroporto. A maioria das atividades também inclui traslado. Você, no entanto, vai querer um carro para alguns passeios independentes, então, reserve-o apenas para esses dias específicos. A maioria das empresas de locação permite que você alugue um carro em uma cidade e entregue em outra por menos do que o custo do aluguel de mais uma diária. Algumas podem até mesmo buscar o carro. Quando se trata de passeios de um dia, a maioria das atrações naturais mais bonitas da Islândia é gratuita. Lugares como Gullfoss, Geysir, Thingvellir, Jokulsarlon, Reynisfjara e outros não cobram entrada e são facilmente acessados a partir de estradas bem pavimentadas, por isso, é fácil dirigir sozinho. Pule excursões de ônibus e alugue um carro: não só custará menos, mas permitirá mais liberdade. Evite a Lagoa Azul também. Ela é a mais famosa das fontes termais da Islândia por um bom motivo: a água azul leitosa é um espetáculo para ser visto, mas é também a mais cara e cheia de gente. Existem dezenas de outras fontes termais espalhadas pelo país (o Myvatn Nature Baths e o Secret Lagoon são excelentes alternativas).
Para uma experiência islandesa verdadeiramente local, vá à piscina. Quase todas as cidades têm uma piscina pública com água aquecida por meio do centro da terra. As piscinas estão abertas durante todo o ano, e a entrada custa apenas alguns dólares. Para comer barato, não há nada melhor do que um cachorro-quente islandês. Cachorros-quentes são o lanche nacional da Islândia e são encontrados em quase todos os postos de gasolina do país, bem como no famoso estande de Bæjarins Beztu Pylsur, no porto de Reykjavik, que já serviu Bill Clinton e Kim Kardashian. Os sanduíches são feitos de cordeiro e porco, cobertos com cebola crua e frita, remoulade (maionese com mostarda, picles, anchovas e outros condimentos) e catchup e custam menos de US$ 3. Outros grandes restaurantes baratos incluem a pizza da Eldsmiðjan ou o macarrão da Noodle Station. Economize ainda mais em refeições reservando um apartamento ou uma casa de hóspedes com cozinha ou optando por um hotel que oferece café da manhã gratuito. Our House e Guesthouse Sunna são boas opções.
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Getty Oahu (Havaí)
Especialista: Pamela Young, jornalista de viagens da KHON2-TV Honolulu e colunista da “Midweek Magazine”.
Esteja preparado para passar muito tempo ao ar livre. É por isso que você quer passar férias em uma ilha, certo? Felizmente, todas as praias do Havaí são gratuitas e abertas ao público, mesmo que estejam diante de uma residência particular. Isso deixa 750 milhas de areia branca e água verde-azulada para você fazer seu playground particular. Se altitudes mais altas são o que você prefere, centenas de trilhas oferecem exploração de montanhas e florestas tropicais, a maioria sem nenhum custo. Os locais com maior tráfego, como o Diamond Head State Monument, cobram US$ 5 por carro estacionado, mas apenas US$ 1 de entrada. A Reserva Natural da Baía de Hanauma (a favorita dos Obamas) tem a mesma taxa, mas, se você for madrugador, pode entrar de graça na primeira hora, geralmente, às 6 da manhã no verão e às 7 da manhã no inverno. A mais popular atração de visitantes do Estado, USS Arizona Memorial, tem passeios privativos para Pearl Harbor e entrada na área, mas o Serviço Nacional de Parques só distribui 1.300 ingressos gratuitos todos os dias. O serviço TheBus é uma pechincha, especialmente para os visitantes. Um passe de quatro dias custa US$ 35, 30 dias passam para US$ 60, muito mais barato do que alugar um carro. O passeio ao redor da ilha é a melhor maneira de ver Oahu. Uma passagem permite que os pilotos saiam para ver os pontos turísticos e, em seguida, subam no próximo ônibus.
Com 80% dos alimentos do Havaí enviados do continente, comer é caro, até mesmo para os moradores locais. Procure por trailers como o Nicky’s Lunch Wagon, em Mililani, e o Queen, em frente ao Iolani Palace (a maioria dos pratos custa US$ 8, apenas no almoço). Opte também por jantares no Ono Seafood, em Kapahulu, a cinco minutos de Waikiki (US$ 7,50 por um poke) e por feiras de rua. A da Kapiolani Community College, aos sábados e quartas-feiras à noite, tornou-se muito popular entre os visitantes, que fazem o trajeto de ônibus de 15 minutos de Waikiki. Aliás, há algo a ser dito sobre a experiência de Waikiki. O pôr-do-sol na praia é uma obra-prima diária da natureza, mas você pagará bem caro para acampar lá. Muitos Airbnbs terão a mesma visão por uma fração do custo. Também procure por pacotes fora de temporada que incluam hotel e carro durante os meses de janeiro (final) e fevereiro, e setembro e outubro. O espírito “Aloha!” não precisa ser caro!
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Getty França
Especialista: Marcia De Sanctis, colaboradora das revistas “Vogue” e “Town & Country” e autora do best-seller “100 Places in France Every Woman Should Go” (“100 Lugares na França Toda Mulher Deveria Ir”, em tradução livre).
Se, como eu, você prefere a conveniência e a segurança de um hotel em vez de apartamentos, pesquise na internet por opções de três estrelas, que são muito confortáveis, especialmente aqueles com design moderno. Dois dos meus favoritos em Paris, por exemplo, são o L’hôtel Les Jardins d’Eiffel e o Hôtel Gabriel Paris. Assentos de segunda classe nos trens do país deixam um pouco menos de espaço para as pernas, mas permitem economizar bastante. A menos que esteja incluído no pacote do hotel, prefira um croissant e um café em uma cafeteria nos arredores. A cada dia, eu me permito uma extravagância de restaurante: ou almoço, ou jantar, mas nunca ambos, e eu sempre bebo o vinho da casa, que é bom. Em Paris, não pegue taxis, compre um pacote de 10 bilhetes de metrô para usar quando necessário (os tickets geralmente valem a pena).
Melhor ainda, caminhe. É uma das atividades gratuitas mais gratificantes do mundo, assim como os muitos parques da cidade, feiras ao ar livre, mercados de pulgas e locais famosos como Notre Dame, Sacre Coeur, Ateliê Brancusi, Place des Vosges e Jardin des Tuileries. Minhas atividades favoritas que não custam nada: Marché Aligre, Canal St. Martin, Parc Monceau e Jardins des Plantes, Luxembourg Gardens, e a loja Hermès.
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Getty Nova York (EUA)
Especialista: Laura Begley Bloom, autora deste artigo, especialista em viagens e residente de longa data na cidade.
O truque para férias acessíveis em Nova York é viver como um nova-iorquino. O centro de Manhattan tem seus encantos, mas você vai querer se hospedar em um bairro mais residencial e procurar restaurantes discretos onde os nova-iorquinos comam regularmente. O charmoso West Village não é exatamente um destino de barganha, mas é o lar de um local acessível chamado Jane Hotel. Situado em um edifício de tijolos vermelhos em uma rua arborizada com vista para o rio, o lugar foi originalmente construído para os marinheiros, em 1908, e ainda tem aquela vibração marítima (os quartos são pequenos). Você pode conseguir taxas tão baixas quanto US$ 69 por noite se reservar um quarto individual com banheiro compartilhado. Ou faça um upgrade para a “cabine de um capitão”, com uma cama queen-size ou king-size completa e um banheiro privativo.
Um favorito para o jantar é o bistrô francês Tartine. Vá também ao popular Corner Bistro, que vende hambúrgueres viciantes por apenas US$ 8,75. Outro destaque do bairro: o High Line, um parque urbano elevado restaurado, gratuito. Também sou uma grande fã do Empire Hotel, que fica no Upper West Side, perto do Central Park e do Museu de História Natural. Restaurantes locais (e acessíveis) incluem Pickles Jacob, Pio Pio e Regional.
Outra estratégia é ficar pelos bairros. Onde moro, Williamsburg, é um lugar legal no Brooklyn que fica a apenas uma estação de metrô de Manhattan no trem L. O novo William Vale Hotel tem quartos a partir de US$ 199 e vistas deslumbrantes da cidade. Para ficar ainda mais barato, dirija-se ao Hotel Le Jolie (meus pais já ficaram nele).
Minhas dicas de lugares para comer barato: o Radegast, uma cervejaria alemã, e o Maison Premiere, um bar de coquetéis com happy hour de ostras. Nos sábados de verão, não deixe de visitar Smorgasburg, uma feira ao ar livre com barracas de comida artesanal.
Nas proximidades, Long Island City é um bairro florescente do Queens a poucas estações de metrô de Manhattan. O Paper Factory Hotel tem boa vista e baixas tarifas durante todo o ano.
Visite o moderno museu de arte MoMA PS1. Como em muitos dos museus de Nova York, a taxa de entrada é uma doação sugerida, mas você sempre pode pagar menos. Não importa onde você ficar, você vai querer deixar de lado o táxi ou Uber e aproveitar o transporte público ou a Via, que oferece passeios compartilhados baratos. Uma dos meus passeios favoritos em um dia quente é pegar o East River Ferry, que liga Manhattan a lugares no Queens e no Brooklyn. Você pode tirar um dia para explorar.
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Getty Japão
Especialista: Marian Goldberg, escritora, planejadora de viagens e fundadora da Goldberg on Travel
Comparado com outros países da Ásia, o Japão pode ser caro. Mas não há gorjetas em táxis, restaurantes e hotéis. Como estrangeiro, você também pode aproveitar os tickets de viagem. Um passe de 7 dias para todo o Japão custa cerca de US$ 257. Trata-se do mesmo preço de um bilhete de ida e volta de trem-bala de Tóquio a Kyoto. As companhias aéreas JAL e ANA também vendem passagens aéreas que permitem que você explore o Japão. Voos entre duas filas domésticas dentro do país custam aos estrangeiros cerca de US$ 100. Mas o mais conveniente é comprar um cartão PASSMO, que pode ser usado tanto em metrô quanto em trens JR (o passe JR não inclui as linhas de metrô de Tóquio), então, você não precisa comprar nenhum bilhete individual. Não há desconto nos trens, mas isso acaba sendo muito mais fácil do que tentar descobrir qual bilhete comprar toda vez que você entra na estação. O PASSMO pode até ser usado para comprar bebidas e lanches nas onipresentes máquinas de venda de Tóquio. Há sinalização em inglês, por isso, é muito fácil se encontrar.
Para tornar as viagens de metrô ainda mais fáceis e ter uma experiência mais pessoal, reserve um guia voluntário. Eles estão disponíveis em todo o Japão, inclusive em Tóquio. Guias voluntários geralmente têm de ser reservados com pelo menos duas semanas de antecedência e podem ser encontrados no site do Japan National Tourism.
Enquanto ficar em uma pousada tradicional japonesa pode parecer caro, uma vez que cobram por pessoa, e não por quarto, o preço inclui duas refeições completas, muitas vezes com uma escolha de café da manhã ocidental ou no estilo japonês. Muitas pessoas querem ficar em um ryokan em Hakone pelas fontes termais (onsen) ou em Kyoto por conta de sua história. Mas você pode obter um valor melhor se for para locais menos lotados. Em vez de Hakone, vá um pouco mais ao sul na Península de Izu até Shuzenji, e fique no Arai Ryokan. É metade do preço de um ryokan de luxo em Hakone. E Shuzenji é uma cidade encantadora e pitoresca, que fica toda iluminada à noite com lanternas vermelhas.
Em vez de Kyoto, fique em um ryokan na cidade vizinha, Nara, uma capital ainda mais antiga. O site Japanese Small Luxuries detalha cinco ryokan de luxo e um histórico hotel boutique em Nara. O ryokan custa de US$ 300 a US$ 350 por noite por pessoa, o que equivale a cerca de US$ 100 a US$ 200 por noite a menos no melhor ryokan de Kyoto. Alugar um apartamento tradicional mobiliado também é uma opção. Na verdade, o Japão é o destino que mais cresce para o Airbnb no mundo. Outra opção que oferece uma experiência cultural rica: uma estalagem shukubo ou estalagem-templo. São especialmente populares na mágica cidade montanhosa de Koyasan e até mesmo em Kyoto. Alguns shukubo têm quartos de luxo com vista para o jardim e banheiras japonesas no quarto.
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Getty St. Barth
Especialista: Bianca Connolly, escritora que atualmente divide seu tempo entre os Hamptons e São Bartolomeu. Siga no Instagram @biancagrace.
Ao contrário da crença popular, São Bartolomeu não é composta apenas por hotéis e restaurantes over-the-top. A ilha tem um espírito muito boêmio e, se você for inteligente, encontrará opções acessíveis. Existem alguns hotéis simples, mas pitorescos, como Le P’tit Morne Hotel (com algumas das melhores vistas da ilha), em Colombier, e o Hotel Le Village, em St. Jean (com muitas lojas e restaurantes), que oferecem aos viajantes toda a beleza da ilha por preços menores. Alguns dos hotéis mais caros, como Le Barthelemy, Le Guanahani, Cheval Blanc e o Hotel Christopher, ocasionalmente oferecem passes diários que incluem um tratamento de spa, almoço e uma espreguiçadeira na praia a um preço muito razoável.
Mantenha os custos de alimentação baixos frequentando pontos de encontro locais, como o famoso Le Select, Le Jardin, para o almoço, e o Au Corail. As mercearias têm comidas já prontas e deliciosas e vinho francês a um preço acessível, e as padarias têm grandes sanduíches. Você também pode economizar algum dinheiro pegando o trem de São Martinho em vez de pegar o avião. E, claro, a época do ano faz uma diferença significativa: as acomodações são muito mais baratas entre abril e novembro.
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Getty Cingapura
Especialista: Charlene Fang, jornalista de viagens e lifestyle, apaixonada por descobrir praias secretas e atrações ocultas. Siga no Instagram @CharleneFang, ou acompanhe em www.charlenefang.co.
Ser nomeada a cidade mais cara do mundo pelo terceiro ano consecutivo pela Economist Intelligence Unit não diminuiu as luzes brilhantes de Cingapura. A cidade está determinada a provar que é uma das melhores da Ásia, apesar de seus alto preços de aluguel e bebidas alcoólicas. Há algo único para cada tipo de orçamento. A melhor época para visitar é durante o Grande Prêmio de Cingapura, quando a cidade ganha ainda mais vida. As listas do Airbnb oferecem uma alternativa aos albergues chiques e às residências de três ou quatro estrelas, no entanto, escolher um hotel em um subúrbio badalado, como o Hotel Indigo Katong ou o Lloyd’s Inn, pode oferecer um maior custo-benefício.
A comida é o coração e alma desta ilha-Estado. Em Cingapura, uma refeição Michelin pode ser experimentada por menos do que o custo de uma cerveja. Um arroz com frango e macarrão ao molho de Soja de Hong Kong (#02-127 Complexo Chinatown, 335 Smith Street), sai por um humilde US$ 1,41.
Aproveitar ao máximo os arranha-céus atraentes e vistas elevadas são uma maneira de absorver a vibração da cidade. Uma opção é o jardim da cobertura do Esplande – Theatres on the Bay, que também oferece vista para a icônica estátua de Merlion, meio peixe, meio leão, e o histórico Fullerton Hotel. Ou ainda beber no Ce La Vie, no 57º andar do Marina Bay Sands. Lá, as senhoras entram de graça às quartas-feiras. Nos outros dias, a taxa de entrada de 20 dólares (diariamente das 11h às 21h) vira consumação. Alguns dos melhores lugares de Cingapura podem ser apreciados sem gastar nada. Os jardins ao ar livre de Gardens by the Bay são gratuitos para entrar (aberto até as 2 da manhã diariamente). Lá, às 19h45 e às 20h45 há um show de luzes e sons.
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Getty Grã Bretanha
Especialista: Amy Laughinghouse, escritora e fotógrafa de viagens com sede em Londres, que contribui com publicações nos EUA, no Canadá e no Reino Unido, além de em seu site de viagens, AmyLaughinghouse.com.
Em Londresl, faça seu dinheiro render usando um cartão Visitor Oyster para viagens em uma variedade de transportes público, garantindo taxas mais baixas, limitando os custos diários de locomoção e evitando o incômodo de decidir qual ticket comprar. Se você está voando por Heathrow, não pague pelo Heathrow Express, mas opte pela linha mais barata, Piccadilly Underground, que leva você ao centro da cidade.
É possível visitar mais de 20 museus e galerias gratuitos em Londres, incluindo o novo Switch House, no Tate Modern. Como bônus, o deck de observação no topo da Switch House oferece uma vista de 360 graus da cidade, sem nenhum custo extra. Para descontos em atrações pagas, visite o site VisitBritain.com, que também oferece viagens de trem ilimitadas pela Grã-Bretanha, com os passes BritRail (com duração de três dias a um mês), que permitem que você aproveite as visitas a cidades menos caras, como Liverpool, Cardiff e Glasgow.
Economize por meio do Airbnb ou se hospede no Generator London, uma nova geração de albergues com uma seleção de quartos privativos, assim como acomodações compartilhadas. Finalmente, para refeições de alta qualidade e baixo custo, vá a cadeias de restaurantes como Eat e Pret-a-Manger (que servem sanduíches e saladas), Itsu (que oferece sushi e sopas) e Wahaca, que serve deliciosos pratos mexicanos.
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Getty Dubai
Especialista: Arva Ahmed, blogger gastronômica e fundadora da Frying Pan Adventures, que oferece passeios culinários pela Velha Dubai, além de autênticas experiências culturais e gastronômicas ao redor da cidade.
Pode parecer paradoxal planejar um itinerário de baixo custo em Dubai. A cidade construiu o edifício mais alto do mundo, serviu o cupcake mais caro do mundo e consta em mais de 800 outros resultados de pesquisa do site do Livro dos Recordes. Mas isso não deve impedir um caçador de pechinchas de planejar uma viagem que valha a pena. A chave é usar o metrô: são necessários cerca de US$ 2 para viajar de uma ponta a outra, ao contrário dos cerca de US$ 27 se a viagem for de táxi. Use o metrô para fazer uma parada no Dubai Mall e caminhe até as fontes dançantes à noite (grátis) ou visite o Mall of Emirates para se embasbacar nas pistas de esqui (também grátis). Por fim, vá à ilha Palm Jumeirah usando conexões entre o metrô, o bonde e o monotrilho. Obviamente, Dubai construiu um metrô com uma cabine de ‘Classe Ouro’, cujo bilhete é o dobro do preço, mas vale a pena fazer um upgrade para evitar ser esmagado durante os horários de pico.
Há uma série de hotéis bem posicionados perto do metrô, como o Hyatt Place, em Rigga e em Baniyas, ambos em áreas da Velha Dubai que ficam animadas à noite, ideais para pedestres que optam por comida boa e barata. O bairro de Rigga é rico em restaurantes do Oriente Médio e pequenas cafeterias que servirão um típico café da manhã com queijo e molho picante, que ficam melhores acompanhados de uma xícara de karak chai (cerca de US$ 1,50). Ao lado da estação de metrô Abra, pequenos barcos de madeira transportam você pelo riacho (US$ 0,27) para Bur Dubai. Este é o lugar onde você pode apreciar o Museu de Dubai, a área preservada na vizinha Shindagha, as galerias e o Museu do Café no bairro Old Fahidi e os pequenos restaurantes indianos espalhados pelo Meena Bazaar. Se você ficar no bairro por mais tempo, reserve um café da manhã tradicional dos Emirados no Centro Sheikh Mohamed de Entendimento Cultural ou visite o popular restaurante Special Ustad, que tem kababs iranianos tradicionais.
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Getty Suécia
Especialista: Lola Akinmade Åkerström, escritora e fotógrafa de Estocolmo, além de editora do Slow Travel Stockholm, dedicado a viagens.
Não se engane: a Suécia (e Estocolmo, em particular) afetará sua carteira, especialmente comendo fora, mas é por isso que é importante seguir essas dicas para aliviar a dor no bolso. Faça suas melhores refeições no almoço, mantendo-se atento aos sinais de “dagens rätt” (almoço diário) em restaurantes. São pratos com direito ao bufê de saladas, pão, manteiga e café, tudo incluído por pelo menos a metade do preço.
Pais com um carrinho de criança podem pegar um ônibus de graça em Estocolmo. Há também toneladas de museus gratuitos e passeios a pé e pelo menos 40 ginásios ao ar livre em toda a cidade. Você pode até fazer uma visita guiada gratuita ao sistema Tunnelbana (metrô) de Estocolmo, que é a maior exposição de arte do mundo.
Considere dormir em um dos vários hotéis flutuantes para uma nova experiência a preços acessíveis. O elegante M/S Kronprinsesse Märtha é um navio a vapor reformado de 1928, enquanto o Mälardrottningen Yacht Hotel foi construído em 1924 pelo milionário norte-americano CKG Billings e depois entregue a Barbara Hutton, herdeira do Woolworth Empire, como um presente para seu aniversário de 18 anos.
Para mais ideias, aqui estão 50 maneiras gratuitas de aproveitar Estocolmo sem carregar sua carteira: Slow Travel Stockholm.
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Getty Austrália
Especialista: Stephanie Parker, escritora e fundadora da Big World Small Pockets, com sede na Austrália, criada para mostrar os altos e baixos de uma viagem cujo lema seja: gastar menos, passear mais.
Uma das melhores maneiras de explorar a Austrália de forma barata é contratar seu próprio motorhome e viajar pelo país de forma independente. Isso permitirá que você crie seu próprio itinerário, em vez de pagar por qualquer excursão organizada, e também economize muito dinheiro com despesas de acomodação. Vroomvroomvroom.com.au é um ótimo site de comparação para encontrar as ofertas mais baratas de motorhome na Austrália. Uma opção ainda melhor é prestar o serviço de dirigir um carro que precisa ser entregue em um local específico. É uma maneira incrível de ver algumas das principais atrações da Austrália sem gastar nada. O site imoova.com agrupa todas as transferências disponíveis em uma área e as combina com seus planos de viagem. Mesmo que você não veja algo adequado ao seu itinerário, ainda pode preencher um formulário de lista de espera. Então, se algo estiver disponível, a imoova entrará em contato.
Quando se trata de destaques, muitas pessoas consideram Sydney um “must-do”. Mas o destino é incrivelmente caro. Meu conselho: há muito além das muralhas da cidade para mantê-lo entretido, por isso, saia da área metropolitana para ver alguns locais mais calmos. Localizada no Parque Nacional Ku-Ring-Gar Chase, The Basin é o camping de praia mais popular de Sydney. Um pouco mais longe, você encontrará lugares como Hunter Valley, a principal região vinícola de New South Wales.
Os Whitsundays também estão no topo de muitas listas da Austrália, mas a possibilidade de fazer um passeio de barco pode ser uma grande despesa. Então, por que não acampar nessas remotas ilhas paradisíacas? Você economizará muito e poderá desfrutar de um pôr-do-sol perfeito sem as multidões. Se acampar não faz seu estilo, fique no Rambutan, um albergue de cinco estrelas em Townsville. Esta escolha oferece luxo ao lado da piscina a preços de mochileiros e é um aótima opção para quem for à Grande Barreira de Corais.
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Getty Hong Kong (China)
Especialista: Daisann McLane, ex-New York Times Frugal Traveller e fundadora da Little Adventures, em Hong Kong, uma empresa privada de alimentação e turismo cultural.
Ver Hong Kong com um orçamento limitado pode ser um dos maiores desafios, já que a cidade atinge regularmente o Top 1 nas listas das mais caras do mundo. A melhor estratégia para contornar os altos custos é fazer como habitantes de fora mais experientes: viver, tanto quanto possível, como um morador local.
A hospedagem será sua despesa principal: a diária de um hotel “econômico” decente raramente custa menos de US$ 100. Vale a pena gastar um pouco mais em um hotel pela sua localização, o que para mim significa um lugar em uma vizinhança caminhável e interessante, perto de uma estação de trem MTR.
Pequenas redes como o grupo Butterfly Hotel são bem razoáveis e têm excelentes localizações. O Butterfly on Hollywood fica na frente de uma feira ao ar livre, no coração da ilha de Hong Kong, com quartos duplos a US$ 120 por noite. As grandes cadeias Ibis, Holiday Inn e Best Western se mudaram para áreas como Sai Ying Pun, Kennedy Town e Sheung Wan, todas bem servidas por transporte público. Para realmente ter uma sensação local, considere uma noite na Mei Ho House, uma propriedade histórica de habitação pública em Kowloon transformada em albergue de luxo, com quartos privativos a partir de US$ 100 a noite.
A maioria dos habitantes locais e habitantes de fora depende do transporte público para andar convenientemente pela cidade, e você deve fazer o mesmo. Sempre recomendo que os hóspedes peguem um cartão Octopus ao chegar. Como o Oyster de Londres, este é um passe com chip dá acesso a ônibus, metrô, trens leves e balsas. Certifique-se de pegar a condução comum, e não o especial para os turistas, que só funcionam no sistema de trens. Os cartões Octopus exigem um crédito inicial de US$ 22, mas qualquer valor que você não use é reembolsável ao sair de Hong Kong.
Alimentos e atividades são as melhores pechinchas da cidade. Fique longe de restaurantes ocidentais caros e foque em lojas de macarrão baratas no almoço e, no jantar, em “splurging” (US$ 50 por pessoa) cantonês em restaurantes de renome local, mas com poucas estrelas Michelin, como o meu favorito, Kin’s Kitchen.
A maior barganha de Hong Kong é que um quarteirão na cidade é tão cheio de atrações quanto 10 quarteirões de qualquer outra localidade. Basta uma caminhada grátis. O incrível sistema de trilhas (40% da área urbana de Hong Kong é um parque rural) leva você para as melhores vistas da cidade, incluindo o pico. Tudo de graça.
Evite o Big Buddha e seu caro passeio de teleférico e tome um trem para uma ilha periférica (cerca de US$ 3,50 e você pode usar seu cartão Octopus). As ilhas rurais de Hong Kong são um tesouro escondido, e você pode facilmente passar um dia ou uma tarde fascinante explorando as ruas de Cheung Chau, Lamma ou Peng Chau, percorrendo pequenas praias, comendo frutos do mar frescos e vendo a vida de uma Hong Kong de 50 anos atrás que existe até hoje.
Itália
Especialista: Erica Firpo, jornalista de viagens que, com seu marido, o arqueólogo Darius Arya, oferece consultoria especializada sobre a Itália, em Unlockedrome.com
Não há realmente nenhuma desculpa para não visitar a Itália nos dias de hoje. Restaurantes são menos caros do que em Nova York, Londres e Paris, seja uma trattoria local, uma barraca de comida de rua ou um restaurante com estrelas Michelin. Para aproveitar ao máximo a visita à capital (e gastar o mínimo), considere visitar Roma em janeiro e fevereiro, quando locais como o Coliseu e o Vaticano são menos movimentados e a lotação de hotéis é mais baixa. Muitas propriedades de cinco e quatro estrelas oferecem ofertas incríveis durante a baixa temporada.
Não importa a época do ano, planeje uma caminhada. O centro da cidade de Roma tem a maior concentração de obras-primas (em igrejas, onde tudo que você precisa é uma moeda de 1 ou 2 euros para iluminar um Caravaggio ou um Michelangelo escondido) e monumentos como o Panteão e a Fonte de Trevi. O MuseiinComune tem uma lista de museus de entrada gratuita, que juntos cobrem mais de 2.800 anos de história cultural de Roma, enquanto o ingresso de 7 euros para o Museu Nacional dá acesso a quatro incríveis locais antigos (Palazzo Massimo, Palazzo Altemps, Cripta de Balbo e Termas de Diocleciano) por um período de três dias.
Viajantes que procuram descobrir uma Itália mais “desconhecida” (e mais barata) devem considerar um fim de semana prolongado na Sicília: em Palermo e Catania, a comida é deliciosa e muito diferente da culinária italiana que você conhece, além de a cultura estar sempre diante de você.