A crise dos vapers ajudou a diminuir o ímpeto de crescimento das empresas de cannabis, que poderiam começar a vender produtos de vaping, com perdas de US$ 10 bilhões em valor de mercado.
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Quatro das maiores empresas de cannabis, Tilray, Canopy Growth, Aurora Cannabis e Cronos Group, perderam cerca de US$ 10 bilhões em valor de mercado desde que o Centro de Controle e Prevenção de Doenças norte-americano lançou, em agosto, uma investigação em diversos estados sobre doenças causadas pelos vapers (aparelhos que exalam fumaça, como cigarros eletrônicos).
Os temores atuais sobre saúde nos Estados Unidos criaram mais incertezas em possíveis investidores de cannabis e podem impactar negativamente as vendas dessas empresas quando o Canadá legalizar o produto no final de 2019.
Nos estados que legalizaram o uso recreativo de cannabis, a demanda por vapers representa entre 10% e 25% do mercado.
Outros problemas para o mercado incluem o fato de a lucratividade não ter se materializado tão rapidamente quanto era esperado, afirma Matt Markiewicz, diretor de gerenciamento da The Cannabis ETF, que rastreia empresas de tetrahidrocanabinol (THC) e canabidiol (CBD).
É provável que as indústrias de cannabis sejam enormes no futuro, mas as novas empresas ainda estão aprendendo a administrar as expectativas do mercado financeiro, e isso tem sido um processo doloroso, segundo Markiewicz.
“No longo prazo, a crise dos vapers será apenas uma pequena pedra no caminho”, afirma o analista da Morningstar, Kristoffer Inton. Ele prevê que a oportunidade de crescimento real para a cannabis reside em mercados subdesenvolvidos de derivados, como comidas e bebidas.
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Segundo Markiewicz, o investidor deve pensar em como essas empresas estão, essencialmente, em desvantagem. “Quando essa desvantagem acabar, o real potencial delas será revelado.”
A Aurora Cannabis é, de longe, a empresa com mais ações na Robinhood (empresa de serviços financeiros sediada nos EUA) e três outras produtoras de maconha figuram entre as 20 maiores.
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