Um passaporte é mais do que apenas um instrumento para tirar férias. É também um indicativo do seu lugar no mundo, onde você pode ficar (e por quanto tempo), os benefícios aos quais tem direito e como é tratado em todo o globo.
Um novo estudo do Henley Passport Index calculou o passaporte mais poderoso do mundo em 2020 –com o qual cidadãos podem viajar livremente sem precisar de visto.
O topo da lista é o Japão, que empatou com Singapura em 2019, mas graças a uma alteração nos requisitos de entrada no Brasil –onde os cidadãos japoneses agora podem entrar sem visto– o Japão alcançou o topo da lista em 2020, com acesso a 191 países sem visto.
Singapura ficou em segundo, e Alemanha e Coreia do Sul empataram em terceiro lugar, com acesso a 189 países cada um.
O Statista, portal alemão que calcula estatística econômicas, relatou que todos os passaportes franceses, alemães, finlandeses, luxemburgueses e italianos podem acessar 188 países sem um visto previamente combinado. O Reino Unido e os EUA empataram em 7º lugar com acesso a 185 países. O Brasil aparece na 19ª posição, com acesso a 170 nações diferentes, empatado com Argentina, Hong Kong, San Marino e Croácia.
Os passaportes com menos acesso sem visto foram Síria (29 países), Iraque (28 países) e o mais baixo foi o Afeganistão, com acesso a apenas 26 países sem visto.
A pandemia tornou a “a força do passaporte temporariamente sem sentido”
Um comunicado de imprensa da Henley afirmou que esses resultados são obviamente baseados em condições pré-covid, antes de o mundo entrar em confinamento. Ele disse que “com 3,5 bilhões de pessoas, quase metade da população global, atualmente vivendo em confinamento voluntário ou obrigatório, os últimos resultados levantam questões desafiadoras sobre o que realmente significa liberdade de viagem e mobilidade global, atualmente e em um futuro pós-pandemia profundamente incerto.”
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Claramente, nos últimos meses, passaportes poderosos perderam o significado, pois os cidadãos não podem viajar devido a restrições de saúde. Isso torna muitos passaportes menos poderosos, como muitos no final da lista.
Também pode levar, a longo prazo, pessoas que se deslocam de áreas onde a pandemia foi menos bem administrada, com pior assistência médica, para lugares que responderam à pandemia melhor, com boa assistência médica e transporte, por exemplo.
O Brexit ainda não impactou totalmente o passaporte do Reino Unido
Atualmente, o Reino Unido está no sétimo lugar, com acesso a 185 países sem visto, mas resta ver o quão poderoso o passaporte britânico permanecerá após o término de movimento livre com a UE (foi definido para janeiro de 2021, mas as negociações do Brexit têm atrasado devido à pandemia).
O estudo coleta dados da Autoridade Internacional de Transporte Aéreo (Iata) usando 199 passaportes diferentes e 227 destinos possíveis. Em seguida, faz referência cruzada à possibilidade de precisar de visto para cada local diferente com cada passaporte diferente.
O estudo também conta passaportes “normais”, isto é sem privilégios diplomáticos, e que o portador do passaporte atenda a todos os requisitos necessários para a entrada em outros países, como fundos suficientes, vacinações atualizadas, passagem de volta etc.
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