Britney Spears não lança um álbum desde 2016 e não se apresenta ao vivo desde 2018. Em janeiro do ano passado, ela entrou em um hiato profissional por tempo indeterminado. Mas no verão passado, a estrela pop ganhou as manchetes. O assunto da polêmica? Uma custódia de 12 anos determinada pelo tribunal que, graças a uma série de postagens nas redes sociais, deu início a um novo debate.
No TikTok, Twitter e Instagram, por meio da hashtag #FreeBritney, os fãs da cantora e teóricos da conspiração presumiram — sem fornecer qualquer evidência — que, por meio da custódia, o pai de Britney estava manipulando e lucrando injustamente às suas custas. Eles alegaram que a artista, por meio de uma série de vídeos no Instagram, estava tentando expressar um possível abuso.
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Os fatos, porém, eram muito menos dramáticos: o pai de Britney abdicou da custódia em 2019 por motivos de saúde, e documentos judiciais recentes estabelecem que a tutela é, na verdade, voluntária. A custódia ordenada pelo tribunal foi estabelecida em 2008 após uma série de colapsos mentais públicos — o que inclui a vez em que a cantora raspou a cabeça e atacou o carro de um paparazzi. A tutela, também conhecida como guarda, exige que Britney obtenha a aprovação de seus tutores antes de tomar grandes decisões financeiras ou de vida — qualquer transação de dinheiro, não importa o quão pequena seja, deve ser registrada. Desde então, a tutela tornou-se periodicamente um assunto nas manchetes, com os fãs pedindo que Britney tenha controle sobre sua própria fortuna.
Ainda assim, a indignação online deixou em evidência questionamentos sobre o patrimônio líquido de Britney – segundo os fãs, ela seria de US$ 250 milhões. Os processos judiciais analisados pela Forbes revelaram que o patrimônio de Britney Spears — que em um primeiro momento desencadeou o movimento #FreeBritney — era de cerca de US$ 60 milhões no final de 2019. A esmagadora maioria disso, cerca de US$ 56,5 milhões, está em contas de investimento, aplicações empresariais e imóveis, enquanto o restante é dinheiro. Sua fortuna vem da carreira lucrativa como cantora: segundo a Billboard, Britney vendeu quase 150 milhões de discos em todo o mundo. Com os hits musicais vieram os shows — ela fez 10 grandes turnês, além de uma residência em Las Vegas –, bem como acordos de licenciamento de 19 fragrâncias de perfumes populares.
Então, como uma das cantoras mais famosas do mundo que, segundo dados da Forbes, ganhou mais de US$ 30 milhões anualmente em oito dos últimos 20 anos, não entrou na lista deste ano das Mulheres Self-Made Mais Ricas da América?
Por um lado, a maioria dos ganhos de Britney é destinada a outras pessoas: a Forbes estima que cerca de 25% de sua receita bruta vão para seus agentes, gerentes e advogados, como é padrão para qualquer estrela. Depois disso, 40% ou mais seguem para o Tio Sam (e governos estaduais e locais) para o pagamento de impostos. Em seguida, há suas despesas: ela paga anualmente cerca de US$ 500 mil em pensão alimentícia para seu ex-marido Kevin Federline, disse uma fonte à Forbes, além de milhões desde 2008 destinados aos honorários jurídicos relacionadas à tutela.
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E quanto ao movimento #FreeBritney? Parece ter morrido, embora os processos judiciais em torno dele não tenham acabado. No mês passado, Britney começou um processo jurídico para afastar permanentemente seu pai da função de guardião de seus bens e colocar a empresa independente Bessemer Trust Co. no comando.
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