Ao se consolidar campeã olímpica nos Jogos do Rio de Janeiro, ontem (8), a judoca Rafaela Silva completou uma das maiores trajetórias de superação da história recente do esporte. Nascida na Cidade de Deus, no Rio de Janeiro, a atleta começou a treinar aos oito anos, no Instituto Reação, montado pelo ex-judoca Flávio Canto.
VEJA MAIS: Quanto valem as medalhas de ouro da Olimpíada?
Rafaela já havia superado inúmeros obstáculos sociais quando, aos 19 anos, em 2011, ganhou medalha de prata no Campeonato Mundial de Judô, em Paris, e nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Seu maior desafio, no entanto, só seria enfrentado no ano seguinte.
E AINDA: EUA irá pagar US$ 25 mil a atletas que ganharem ouro
A judoca era uma das grandes apostas da delegação brasileira para a medalha de ouro. No entanto, no dia 30 de julho de 2012, foi eliminada na luta de estreia. O que se sucedeu foi uma enxurrada de críticas e ofensas criminosas. Rafaela entrou em depressão e quase largou o esporte. Para a sorte do esporte brasileiro, no entanto, deu a volta por cima e provou ao mundo que dedicação e perseverança são fundamentais para chegar ao sucesso.
Veja na galeria de fotos 5 dicas de superação inspiradas na judoca brasileira Rafaela Silva:
-
Supere as críticas
Na Olimpíada de Londres, em 2012, Rafaela viveu o que ela diz ser o pior dia de sua vida, quando foi derrotada na luta de estreia. “Eu nunca havia sofrido nenhum preconceito. Eu só queria o apoio da minha família e amigos, mas só ouvi críticas”, afirmou a judoca, no programa de TV “Globo Esporte”. Em entrevista ao “Jornal Hoje”, também da Rede Globo, a mãe de Rafaela, Zenilda Silva, contou que ela chegou a ficar mais de dois meses sem treinar e pensava em desistir. Felizmente, retomou os treinos, em dezembro de 2012, e, no meio do ano seguinte, conquistou seu primeiro Campeonato Mundial, no Rio de Janeiro.
-
Use todas as suas características a seu favor
Em entrevista à Rede Globo, o professor de educação física Paulo de Tarso explicou como Rafaela usou suas características a seu favor. Com 1,69 m e 57 kg, a judoca não é tão musculosa como a maioria de suas adversárias. O profissional explica que ela aposta no seu quadril e na envergadura de seus braços para ter força e superar o que poderia ser uma desvantagem. Além disso, Rafaela é canhota, algum incomum que ela usa a seu favor.
-
Tenha controle emocional
Rafaela foi criminosamente ofendida após sua derrota nos Jogos de Londres. Além de superar o ocorrido, a atleta aperfeiçoou ainda mais seu controle emocional. De acordo com Paulo de Tarso, sua concentração e controle psicológico são pontos fortíssimos que a ajudam muito quando ela está competindo.
-
Tenha pessoas para o inspirar
Quando chegou às suas primeiras competições internacionais, Rafaela não conhecia ninguém. Nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, em 2011, ela foi apresentada à judoca gaúcha Mayra Aguiar, menos de um ano mais velha que ela e medalhista de prata Pan anterior, no Rio. “Eu me inspirei nela para superar o fato de ser muito jovem na seleção”, contou a atleta, em entrevista. “Hoje, meu ídolo pode ter o mesmo título que eu, em poucos dias.” Aguiar competirá nas oitavas de final de 70kg na próxima quinta-feira (11). “É muito bom.”
-
Anúncio publicitário -
Treine muito suas habilidades
Ninguém é campeão olímpico ou mundial sem muito treino. Depois da derrota em Londres, Rafaela entendeu isso. “Todo mundo sabe que eu não gosto de treinar, mas esse foi um período em que me esforcei bastante”, contou a judoca ao portal EBC. “Treinava de dia, de tarde, de noite. No outro dia, estava toda doída, mas era o sacrifício que eu fazia. Saía chorando do treino, mas valeu a pena.”
Supere as críticas
Na Olimpíada de Londres, em 2012, Rafaela viveu o que ela diz ser o pior dia de sua vida, quando foi derrotada na luta de estreia. “Eu nunca havia sofrido nenhum preconceito. Eu só queria o apoio da minha família e amigos, mas só ouvi críticas”, afirmou a judoca, no programa de TV “Globo Esporte”. Em entrevista ao “Jornal Hoje”, também da Rede Globo, a mãe de Rafaela, Zenilda Silva, contou que ela chegou a ficar mais de dois meses sem treinar e pensava em desistir. Felizmente, retomou os treinos, em dezembro de 2012, e, no meio do ano seguinte, conquistou seu primeiro Campeonato Mundial, no Rio de Janeiro.