Resumo:
- Semelhante a “Fire Emblem Heroes” e “Mario Run”, diversos itens para avanço no jogo e desbloqueio de personagens estão presentes no game;
- Até o momento, “Super Mario Tour” não possui modo multiplayer;
- Inicialmente, o jogo foi anunciado para março de 2018, mas foi adiado.
Depois de “Mario Run”, “Mario Kart Tour” deve ser o maior jogo para celular da Nintendo. O amado kart racer é reconhecido em todo o mundo, o que faz de sua estréia em dispositivos móveis um grande negócio para um desenvolvedor que ainda tenta entender como fazer jogos free-to-play. Atualmente, ele está em fase beta no Android.
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Pessoalmente, sou um jogador do iOS, então, ainda não consegui testar. Mas as primeiras análises já chegaram, e elas são cautelosas, para dizer o mínimo: “Mario Kart Tour” parece ser uma adaptação decente do conceito “Mario Kart” para o celular, mas é um jogo free-to-play em sua essência, com o tipo de microtransações que o governo dos EUA quer regulamentar.
O jogo mobile, em seu estágio atual, tem todos os mecanismos de um game grátis. Moedas de atualização premium, temporizadores de energia, loot boxes, corredores que melhoram com base na raridade. Está ali o pacote completo. Certas personagens serão melhores para determinadas pistas, é preciso ganhar várias atualizações por meio de desafios complexos. Também é preciso gastar energia explorando todas as opções para obter o máximo número de moedas, em vez de simplesmente ganhar a corrida.
Sam Machkovech, do Ars Technica, escreve: “Cada personagem, kart e planador tem um valor base (DP), que determina sua performance no jogo, presente em todas as corridas. Se um deles for mais raro, começa com um DP mais alto. E todos podem ter seu valor aumentado ao disputar mais corridas. Depois de um tempo, também é necessário coletar o maior número possível de pontos de vantagem no início de uma corrida, pois, conforme o jogo avança, o DP total no final da corrida anterior deve ser alto o suficiente para liberar um aumento de DP ao terminar a corrida, quando são distribuídas “estrelas”, necessárias para prosseguir nas competições. Só é possível obtê-las uma corrida por vez, mas é permitido repetir as três corridas de cada campeonato, desde que haja corações suficientes”.
Ele também afirma que não parece haver uma estrutura para multiplayer no jogo, o que chama a atenção.
Vale ressaltar que esta é uma versão beta e, portanto, tudo está sujeito a alterações. Se as microtransações são feitas em um jogo neste nível, no entanto, pode ser difícil simplesmente mudar o rumo para torná-lo um jogo diferente. Podemos obter microtransações menos pesadas, mas parece improvável que a versão final tenha uma estratégia de monetização diferente.
A estratégia está em contraste com o “Super Mario Run”, o maior esforço da Nintendo até agora. O jogo tentou evitar mecânicas free-to-play com um teste gratuito que exigia que os jogadores pagassem US$ 4,99 para desbloquear o game completo, o que significa que ele estava listado como “grátis” nas lojas, apesar de não se encaixar nesse molde. Isso irritou os fãs, que esperavam um jogo gratuito. Na época, parecia que a Nintendo tinha como objetivo transformar os jogos para celular em um novo caminho, mas agora parece que está mais do que disposta a aprender com seus concorrentes.
“Mario Kart Tour” tem características parecidas com “Fire Emblem Heroes”, um jogo completo que monetiza por meio da funcionalidade “loot box”, que pode abrigar personagens mais poderosos. É um jogo que fez a Nintendo ganhar muito dinheiro apesar de ser uma das propriedades de segunda linha da empresa japonesa. As táticas de monetização free-to-play também não carregam o mesmo estigma na Ásia, como ocorre no Ocidente. Provavelmente, isso é uma parte central da estratégia da Nintendo por aqui.
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É uma pena, porque há muitas estratégias de monetização que não se baseiam em microtransações. O jogo poderia ter mantido o cronômetro de energia, mas apenas para certos tipos de corridas, permitindo-nos executar testes de tempo simples até ficarmos entediados. Ele poderia usar microtransactions somente em itens cosméticos, o tipo de coisa que fica muito mais importante quando há multiplayers. Um sistema de estilo de passe de batalha como o “Fortnite” e outros jogos seria bem recebido. Existem muitas estratégias de monetização por aí que não parecem tão opressivas como essas, e é por isso que é decepcionante ver a Nintendo seguir esse caminho.
Vamos ver como as coisas se desenvolvem: talvez fiquemos agradavelmente surpresos quando o game sair de beta. No entanto, as previsões são pessimistas.