A indústria eletroeletrônica brasileira teve um crescimento de 4% em 2022, mostraram dados preliminares, e a projeção para 2023 é de leve aceleração no ritmo de expansão, disse a Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica) nesta quinta-feira (8).
O faturamento do setor deve fechar 2022 em R$ 220,4 bilhões, ante R$ 211,3 bilhões no ano passado.
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Para 2023, a projeção da entidade é de faturamento de R$ 231 bilhões, uma alta de 5%, à medida que, com exceção da área de informática, impactada pela continuação da retomada do trabalho presencial pós-pandemia, todas as áreas deverão apontar crescimento.
Apesar disso, os empresários do setor têm expectativas cautelosas para o próximo ano devido as dificuldades na aquisição de semicondutores e outras matérias-primas, lockdowns na China, guerra da Ucrânia e a incerteza fiscal brasileira.
Os números, apresentados pela entidade a jornalistas nesta quinta-feira, são nominais. Descontada a inflação projetada para os períodos, o faturamento da indústria deve cair 2% em 2022 e ficar estável em 2023.
A Abinee afirmou que a produção física do setor deve crescer 1% em 2023, após queda prevista de 4% neste ano.
As exportações de produtos eletroeletrônicos devem fechar 2022 com aumento de 16%, totalizando US$6,7 bilhões, com crescimento em quase todas as áreas menos a de utilidades domésticas. Os embarques de materiais elétricos de instalação e de produtos de informática, com altas de 55% e 52%, respectivamente, foram os maiores destaques positivos.
Os principais destinos das exportações do setor continuaram sendo os países membros da Aladi (Associação Latino-Americana de Integração) e os Estados Unidos, que, juntos, representaram 71% do total.
A expectativa da Abinee para 2023 é de avanço de 2% nas exportações ante o ano atual.
Já as importações devem apontar alta de 14% em 2022, para US$ 45,9 bilhões, com estimativa de aumento de 3% no ano que vem.
Com isso, o déficit da balança comercial do setor deve ficar em US$ 39,3 bilhões neste ano, 14% superior ao apresentado em 2021. A Abinee espera que esse déficit cresça 3% ano que vem.