As ações da Petrobras (PETR4;PETR3) subiam nesta segunda-feira (31) após a companhia divulgar sua nova política de dividendos, uma vez que analistas já esperavam uma redução no valor a ser distribuído aos acionistas, e viram como positivo o fato de não terem sido feitas grandes reformulações.
Às 11h20 (de Brasília), as ações preferenciais (PETR4) da Petrobras subiam 2,59%, a 30,53 reais, enquanto os papéis ordinários (PETR3) avançavam 2,87%, a 34,02 reais, impulsionando o Ibovespa para alta de 1,41%.
A estatal petrolífera disse na sexta-feira (28) que reduzirá o pagamento de dividendos trimestrais para pelo menos 45% de seu fluxo de caixa livre, abaixo dos atuais 60%. A nova política também permitirá que a empresa recompre ações.
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A empresa afirma que fica estabelecida uma remuneração mínima anual de 4 bilhões de dólares para exercícios em que o preço médio do Brent for superior a 40 dólares o barril, “a qual poderá ser distribuída independente do seu nível de endividamento, desde que observados os princípios previstos nessa política”.
Sobre as recompras de ações, a Petrobras destaca que, quando realizadas, elas terão como objetivo “a manutenção das ações adquiriras em tesouraria e posterior cancelamento”.
“A remuneração aos acionistas da Petrobras deverá ocorrer por meio de pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio e/ou de recompra de suas próprias ações. A recompra, quando ocorrer, deverá ser realizada por meio de programa estruturado aprovado pelo Conselho de Administração.”
Para analistas do Credit Suisse, a nova política não traz “nenhuma revolução”, o que “é uma boa notícia”. Em relatório, acrescentaram que a empresa mantém o alinhamento de interesses entre os acionistas e o governo.
Analistas do JPMorgan escreveram que a redução de dividendos já era esperada, é modesta e sustenta a visão positiva sobre a remuneração aos acionistas pela companhia.
O petróleo Brent operava em alta de cerca de 0,5% na sessão.