O crescimento deverá cair quase pela metade nas economias desenvolvidas e nas grandes economias de mercados emergentes nas próximas décadas. Isso exigiria impostos mais altos para evitar que a dívida dispare, segundo previsão da OCDE desta quinta-feira (14), em uma atualização de suas projeções econômicas de longo prazo.
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Esquemas eficazes de precificação do carbono podem gerar receitas inesperadas para alguns governos, disse a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Ainda assim a aceleração da mudança para uma energia mais limpa deve pesar ainda mais sobre a atividade.
A tendência de crescimento nos membros da OCDE e nos países do G20 deve desacelerar gradualmente ante os níveis pré-Covid de 3% para 1,7% até 2060. Ao mesmo tempo a força de trabalho diminui devido ao envelhecimento e o crescimento da eficiência desacelera nos países de mercados emergentes.
A taxa de crescimento tendencial dos membros da OCDE deva desacelerar de 1,8% para 1,3% até 2060. As economias do G20 deverão registrar uma desaceleração maior, de 4,5% para 2% até 2060.
A economia chinesa foi projetada como a maior economia individual durante todo o período da previsão. Mesmo com a expectativa que a Índia ultrapasse a China como maior contribuinte para o crescimento global até o final da década de 2030.
À medida que o crescimento desacelera, também aumenta a pressão sobre as finanças do governo. No caso dos países da OCDE, significa subir impostos em mais de seis pontos percentuais em média até 2060, para manter a dívida nos níveis atuais.
Os governos que não quiserem ou não puderem aumentar os impostos terão que encontrar outras maneiras de aliviar o aperto. Reformar os sistemas de saúde e de aposentadoria são opções.
Em um cenário em que os países aceleram a transição energética para limitar o aumento das temperaturas globais a 1,5 grau Celsius, o crescimento global seria 0,2 ponto percentual menor do que o esperado entre 2025 e 2030.
Essa redução aumentaria para quase 0,6 ponto percentual em 2045-50. O choque seria menor nos países da OCDE que nas economias de mercados emergentes, mais dependentes de combustíveis fósseis.