O Ibovespa abriu o pregão desta sexta-feira (16) acumulando oito altas consecutivas. No período, o índice de ações de referência do mercado doméstico registrou alta de 7%. Agora, nesta última sessão da semana, a bolsa brasileira tenta manter a recente tendência positiva, em busca de novas máximas históricas.
Às 10h20, o Ibovespa subia 0,38%, aos 134.669 pontos pontos. Trata-se de um novo recorde alcançado durante o pregão, que supera a máxima intradia da véspera, quando foi aos 134.574 pontos. No pregão de quinta-feira (15), o Ibovespa encerrou o dia colado ao recorde de fechamento apurado em 27 de dezembro de 2023.
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A sessão desta sexta é marcada também pelo vencimento de opções sobre ações na B3. Além disso, os investidores reagem ao índice de atividade econômica do Banco Central.
O IBC-Br cresceu bem acima do esperado em junho, em +1,4% ante maio, mostrando resiliência da economia brasileira apesar do cenário de juros restritivos. No acumulado do segundo trimestre, a atividade doméstica teve alta de 1,1%. Vale lembrar que Banco Central brasileiro tem destacado em sua comunicação o dinamismo “maior do que o esperado” dos indicadores de atividade e do mercado de trabalho no país.
Para André Perfeito, as novas máximas históricas alcançadas pelo Ibovespa é um movimento condizente com os dados econômicos domésticos. Por isso, o economista prevê alguma melhora adicional do mercado acionário local. “Particularmente, acredito que as ações mais ligadas ao setor interno – como construção, varejo, consumo e serviços públicos – podem se beneficiar”, diz.
Bolsa sobe, dólar cai
O IBC-Br acima do esperado somado à série de dados econômicos dos Estados Unidos contribui para a queda do dólar. Ainda no mesmo horário, a moeda norte-americana caía 0,46%, a R$ 5,4575 na venda.
De um modo geral, os ativos de risco são beneficiados pelo apetite dos investidores em todo o mundo, após uma bateria de números positivos vindo dos EUA afastar as preocupações de uma recessão da maior economia do mundo. Ao mesmo tempo, os dados consolidaram a perspectiva de corte de juros pelo Federal Reserve na reunião de setembro.
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Porém, André Perfeito destaca que, em dólar, o ETF de referência do Ibovespa, o EWZ, está muito distante da pontuação recorde. Segundo ele, o Ibovespa sobe em cinco anos 34,41% em reais, já em dólar cai 27,71%.
Portanto, para o economista, a questão é outra. “A dúvida que fica é se o Ibovespa vai subir tudo isso ou será o real que irá ganhar contra o dólar toda essa diferença”, indaga. Ele diz acreditar que será um pouco dos dois. “Mas com peso maior para o segundo”, conclui.
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