Bom dia. Estamos na quarta-feira, 8 de agosto.
Cenários
Após a forte turbulência no início da semana, os mercados globais ensaiam uma recuperação nesta quarta-feira (8). Na terça-feira (7) os pregões já haviam subido nos Estados Unidos e no Japão. A justificativa, para variar um pouco, não veio do Federal Reserve (FED), o banco central americano. Veio do outro lado do mundo, do Banco do Japão (BOJ), banco central japonês.
Na sexta-feira (2) houve a primeira elevação dos juros japoneses em muitos anos, o que disparou a turbulência nos mercados. A justificativa para isso foi a perspectiva de uma redução dos fluxos de capital. Com juros ao redor de zero ou mesmo negativos há muitos anos, o Japão é um dos maiores exportadores de capital do mundo. As chamadas operações de “carry-trade”, que são arbitragens entre juros, irrigam os mercados emergentes de dinheiro japonês. E o Brasil não é exceção.
Perspectivas
Uma alta de juros no Japão, ainda que discreta em comparação com as taxas da Europa e dos Estados Unidos, comprometeria essa remessa de recursos. Foi o suficiente para provocar solavancos nos mercados.
No entanto, na noite da segunda-feira, o vice-presidente do BOJ, Shinichi Uchida, afirmou que o BC japonês não vai elevar novamente os juros enquanto a volatilidade do mercado persistir. Foi o suficiente para acalmar as bolsas e recuperar boa parte das perdas do início da semana.
No entanto, em um prazo mais longo, a perspectiva de volatilidade permanece elevada. A melhor definição de volatilidade é quando não há um consenso entre os agentes de mercado sobre qual o preço “correto” (aspas necessárias) de um ativo financeiro, devido à incerteza com relação ao futuro. O desalinhamento de expectativas provoca solavancos nos preços. Foi o que ocorreu no início da semana. E é algo que pode voltar a ocorrer, dependendo dos indicadores econômicos dos dois lados do Oceano Pacífico.
Indicadores
- Brasil
IGP-DI (Jul)
Observado: 0,83%
Esperado: ND
Anterior: 0,50%
- Estados Unidos
Sem indicadores relevantes