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O Itaú registrou o maior lucro da história entre os bancos com ações na bolsa brasileira, com o lucro líquido divulgado na última quarta-feira (05). Segundo o documento, o banco brasileiro teve um lucro líquido de 40,2 bilhões, desbancando o recorde de R$ 33,8 bilhões do Banco do Brasil em 2023.
Segundo ranking elaborado pela consultoria Elos Ayta, oito dos 10 maiores resultados de instituições financeiras foram registrados pelo Itaú. Quando corrigido pela inflação, os três maiores resultados ficam com o Itaú Unibanco.
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10 maiores lucros líquidos de bancos de capital aberto em valores Nominais – R$ Milhões
Empresa | Lucro Líquido Nominal (R$ Milhões) | Ano |
Itaú Unibanco | 40.231 | 2024 |
Banco do Brasil | 33.819 | 2023 |
Itaú Unibanco | 33.368 | 2023 |
Brasil | 31.011 | 2022 |
Itaú Unibanco | 29.414 | 2022 |
Itaú Unibanco | 26.583 | 2019 |
Itaú Unibanco | 24.988 | 2021 |
Itaú Unibanco | 24.977 | 2018 |
Itaú Unibanco | 23.965 | 2017 |
Itaú Unibanco | 23.360 | 2015 |
Fonte: Elos Ayta
Para Einar Rivero, CEO da Elos Ayta, “os resultados reforçam a resiliência do setor bancário brasileiro, mesmo diante de desafios macroeconômicos. O crescimento do Itaú reflete não apenas eficiência operacional, mas também uma estratégia assertiva de gestão de riscos e expansão de serviços financeiros”.
O resultado sólido da instituição financeira fez suas ações se elevarem e serem um dos principais responsáveis pela alta do Ibovespa na quinta (6). O CEO Milton Maluhy Filho avalia que o banco está “preparado para enfrentar qualquer cenário adverso”.
Números
Um dos principais destaques do balanço de 2024 foi a queda nos níveis de inadimplência da carteira de crédito do Itaú, hoje nas mínimas históricas. O lucro líquido gerencial foi de R$ 10,88 bilhões, alta de 2,0% em relação ao terceiro trimestre. No acumulado do ano, o banco lucrou R$ 41,4 bilhões, avanço de 18,2% frente ao acumulado de 2023.
Ao contrário de outras instituições financeiras, o crescimento foi maior nas carteiras de pessoa jurídica, especialmente grandes empresas, onde o crescimento foi de 6,8% em 2024. Na pessoa física, a carteira cresceu cerca de 4,3%.
Segundo Maluhy, o cenário econômico para 2025 deve ser mais contracionista devido à política monetária. Ele afirmou que a estratégia do banco será privilegiar clientes que sejam resilientes às oscilações do ciclo econômico. “Estamos buscando um resultado consistente e sustentável na carteira de empréstimos”, disse ele.
O banco também anunciou o pagamento de R$ 18 bilhões aos acionistas, sendo R$ 15 bilhões em proventos e R$ 3 bilhões por meio de uma recompra de ações com cancelamento em tesouraria. Com a iniciativa, os acionistas aumentarão a sua participação na companhia.