Nesta terça-feira (15), o Ibovespa caiu 0,55% e fechou a 116.171 pontos, totalizando um volume financeiro de R$ 12,62 bilhões, marcando a décima primeira sessão consecutiva de queda. Assim como o principal índice da Bolsa de Valores, as bolsas mundiais encerraram o pregão em queda devido à aversão ao risco, após dados econômicos da China decepcionarem o mercado.
As vendas no varejo e a produção industrial da segunda maior economia do mundo ficaram abaixo do esperado. A produção industrial do país cresceu 3,7% em julho em relação ao mesmo mês do ano anterior, desacelerando em comparação aos 4,4% observados em junho. O dado também ficou aquém dos 4,4% esperados pelos analistas consultados pela Reuters.
Já as vendas no varejo subiram 2,5% no mês em termos anualizados, também em proporção menor que os 3,1% de junho. Os especialistas esperavam uma alta de 4,5%.
“A China, sendo um grande motor da economia mundial e um dos principais países consumidores de diversos produtos e serviços de outros países, tem um forte peso. Portanto, com isso, as bolsas hoje reagem de forma negativa e generalizada”, diz Leandro Petrokas, da Quantzed.
Os investidores também estão atentos aos Estados Unidos após os dados de vendas do varejo crescerem acima do esperado, o que sugere que a economia americana pode suportar juros mais altos. O indicador registrou alta de 0,7% em julho deste ano, em comparação com junho. A média das projeções indicava um crescimento de 0,4%.
Além disso, o presidente do Federal Reserve de Minneapolis, Neel Kashkari, disse nesta terça-feira, em uma conferência organizada pelo Grupo Api, que não está pronto “para dizer que terminamos de elevar os juros”.
Adicionalmente, a agência de classificação de risco Fitch alertou para o risco de rebaixamento da nota de crédito de bancos americanos, incluindo os grandes como J.P. Morgan e Bank of America.
Destaques do dia
Liderando as altas, a Vibra (VBBR3), BRF (BRFS3) e a Natura (NTCO3) subiram, respectivamente, 7,77% a R$ 17,62, 6,90% a R$ 10,53 e 5,48% a R$ 18,09. A BRF divulgou o seu balanço, no qual reportou um prejuízo de R$ 1,3 bilhão, mas o que de fato chamou a atenção dos investidores foi o anúncio de aumento de capital da Marfrig (MRFG3), a principal acionista da companhia. “A BRF pode fazer ancoragem, ou seja, ser a contraparte do aumento de capital da Marfrig. No entanto, isso ainda é uma incerteza”, diz Petrokas.
Por sua vez, a Natura divulgou ao mercado que teve uma redução do prejuízo em relação ao ano anterior e também apresentou um aumento no EBITDA ajustado, o que animou o mercado e impulsionou o aumento do valor da ação.
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Na ponta negativa, os papéis da Gol (GOLL4) e da Azul (AZUL4) caíram 12,61% a R$ 8,18 e 6,54% a R$ 15,86. As empresas do setor aéreo são sensíveis à cotação do petróleo e nas últimas semanas a commodity saiu da faixa de US$ 70 para acima de US$ 80, o que gera preocupações em relação ao desempenho futuro das companhias.
Além disso, a Gol teve sua classificação rebaixada de “compra” para “neutra” pelo Citi, e o anúncio de emissão de até 1,8 bilhão de bônus de subscrição ao preço de R$ 5,84 por ação não foi bem recebido pelo mercado. Especialistas acreditam que os acionistas minoritários da companhia podem não aderir ao aumento de capital.
No exterior
Nos Estados Unidos, os índices S&P 500, Nasdaq e Dow Jones sofreram quedas de 1,12%, 1,14% e 1,02%, respectivamente, com os indicadores americanos e chineses exercendo pressão sobre as bolsas.
Na Europa, os índices acionários também registraram queda nesta terça-feira. Os bancos italianos foram impactados após o governo do país aprovar um imposto de 40% sobre os credores. No entanto, um aumento significativo nas ações da farmacêutica Novo Nordisk ocorreu devido a dados positivos sobre seu medicamento para obesidade, o que ajudou a limitar as perdas.
(Com Reuters)
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