As vacinas contra Covid-19 estão sendo produzidas e distribuídas no mundo todo. Além de recursos como seringas e ampolas, as farmacêuticas necessitam de acessórios como frascos de vidro para fazer a substância chegar ao consumidor. Em 2020, a indústria do setor comprou cerca de 12 bilhões de frascos. Diante desta demanda, o Grupo Stevanato ganhou destaque ao fornecer mais de 2 bilhões deles.
Nascido em 1949, em Veneza, como uma empresa familiar, o Grupo Stevanato é um dos maiores produtores mundiais de recipientes de vidro para remédios e cartuchos para canetas de insulina.
Na década de 1960, a companhia era voltada ao setor alimentício, por meio da produção de vinhos. No entanto, quando seus gestores perceberam que seu negócio estava se aproximando de uma crise, decidiram investir na fabricação de vidro para atender as necessidades da indústria farmacêutica italiana, que registrava rápido crescimento na época. Para acelerar a produção e sair na frente da concorrência, o grupo criou a máquina 3BS, que ganhou o nome dos quatro inventores (Bottaro, Bormioli, Bardelli e Stevanato).
Com esse mecanismo, a fabricação da companhia ficou de 50% a 60% maior do que os concorrentes e todo o lucro foi reinvestido nela. Desse modo, o Grupo Stevanato ganhou espaço num setor novo e em expansão. E abandonou a produção de garrafas e frascos, e passou a se dedicar inteiramente às ampolas.
Depois de se consolidar em seu novo negócio durante a década de 1990, o Grupo Stevanato se tornou uma companhia multinacional a partir dos anos 2000. Até 2020, o grupo produziu mais de 2 bilhões de ampolas por ano e mais de 600 milhões de seringas de peças de plástico, inclusive para exames de diagnóstico. Assim, suas iniciativas conquistaram forte notoriedade nos esforços globais contra a pandemia de Covid-19.
Ainda como propriedade da família fundadora, o Grupo Stevanato encontra-se em um dos seus melhores momentos. Registrou um lucro líquido de US$ 70 milhões e cerca de US$ 675 milhões em vendas em 2019. Sérgio Stevanato, filho do fundador, Giovanni, ocupa o cargo de presidente emérito da diretoria e possui 68% da firma. Ao deixar o cargo de CEO, entregou o controle da empresa ao seu filho, Franco Stevanato, que atualmente é o presidente da diretoria.
Segundo especialistas, o Grupo Stevanato pretende fazer um IPO (Oferta Pública de Ações, da sigla em inglês) em algum momento nos próximos três anos. Bancos investidores pressionam para que isso aconteça o mais rápido possível, principalmente, com toda a publicidade que surgiu devido à empreitada da pandemia. Após a oferta pública, o grupo deixará de ser uma empresa familiar privada.
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