“Nós estamos na Forbes!”, comemora Alan Spadone, 35 anos, nascido e criado em Jundiaí, no interior paulista. A frase eufórica reflete a história de persistência e luta atrás de um sonho. Reflete também, como indica o “nós” no início da frase, o reconhecimento de que a vitória não seria possível sem a família A.S. – os 16 mil alunos que aprenderam com ele e sua mulher, Marcela, de 33 anos, a empreender, a persistir e a também vencer (o casal começou do nada e hoje fatura R$ 15 milhões anuais).
Há dois meses, o elo entre Spadone e essa crescente família ficou ainda mais forte com as mentorias online gratuitas (lives) do “desafio da madrugada” – durante 15 dias, o casal fala para cerca de 5 mil pessoas sobre estratégias de vendas, administração financeira, visão empreendedora, quebra de crenças, inteligência emocional, marketing… Cada aluno recebe não apenas uma apostila (também gratuita) com todo o conteúdo como também pode imprimir o certificado do curso.
Muitos dos seguidores das lives são ex-alunos que não querem perder o vínculo que estabeleceram e que se tornaram multiplicadores dos ensinamentos e insights do método Spadone – coisas que aprenderam nos disputados cursos presenciais. “A técnica já existia no Brasil. Mas fui o primeiro a montar cursos de micropigmentação, há cinco anos. Nesse tempo, milhares de alunos mudaram suas vidas e hoje nos reconhecem como seus mentores, o que nos enche de orgulho – afinal, esse é nosso maior propósito: levar ao maior número possível de pessoas o sonho de vencer e as ferramentas para isso no setor de micropigmentação”, diz Alan.
Nesse nicho, a família A.S. é provavelmente a maior e mais engajada comunidade do planeta. Provas disso são, além das lives, os concorridos cursos e eventos que atraem palestrantes e ouvintes de várias partes do mundo.
O NASCIMENTO DA FAMÍLIA A.S.
“Minha história começou com uma pinça de R$ 10”, lembra Alan. “Venho de uma família simples – meu pai é metalúrgico e minha mãe, vendedora de sapatos. Aos 21 anos me formei em marketing e trabalhei para empresas do setor farmacêutico e de cosméticos. Percebi que, mesmo durante as crises, esses setores se mantinham fortes. Então resolvi fazer parte disso”, continua. “Fiz um curso de cabeleireiro e descobri duas coisas: eu não tinha nada a ver com cabelo, mas tinha tudo a ver com a área da beleza. Foquei em maquiagem e sobrancelhas – a parte artística me encantava. Comecei a trabalhar como funcionário no melhor salão de cabeleireiro da cidade na parte da tarde – e de manhã continuava trabalhando em marketing.”
Alan conheceu Marcela na igreja que frequentam. Em dez meses, casaram-se. Ele ainda era funcionário do salão quando começou a alimentar a ideia de abrir um negócio próprio. Marcela relutou – principalmente por falta de capital inicial. Mas Alan deu o pontapé inicial: montou um minissalão no quarto de seu apartamento e, logo depois, alugou um pequeno espaço – com três meses de carência. Era um ponto razoável, uma esquina, mas era equipado com uma única cadeira e pouca coisa além disso. Em 2013, surgiu uma “oportunidade imperdível” sugerida por um amigo para turbinar o negócio: pegar R$ 30 mil emprestados no banco e investir em uma pirâmide financeira que renderia R$ 7 mil por mês. Foi o que ele fez. Tolice de iniciante: perderam tudo logo no primeiro mês. Alan já não tinha mais o salário do salão onde era contratado nem os trabalhos em marketing – que rendiam, juntos, R$ 12 mil mensais. Marcela, que ganhava R$ 2 mil no banco, da noite para o dia tinha que arcar com as parcelas do empréstimo e as prestações do apartamento.
Mesmo perto do fundo do poço, a fé e o lado empreendedor do jovem casal falaram mais alto. “Peguei R$ 20 mil emprestados da minha avó, comprei espelho e meia dúzia de cadeiras. Durante o dia, eu atendia as clientes no nosso pequeno salão; à noite, dava curso de design de sobrancelha; e, nos fins de semana, eu e ela ficávamos imprimindo e montando apostilas”, conta Alan.
Por influência de Marcela, que confiava nos dotes artísticos do marido, ele investiu na micropigmentação. Primeiro fez um curso em Jundiaí; depois, mesmo com pouco dinheiro e sem saber falar inglês, foi a Los Angeles se aperfeiçoar. “Lá descobri que a melhor técnica e os melhores equipamentos eram da Rússia”, recorda Alan. “Demorei um ano para aprender a técnica a ponto de poder ensinar. Esse foi o início da família A.S. Não cobramos royalties, elas usam nosso nome com orgulho. Sempre que precisam, nossa equipe de 50 colaboradores dá suporte. Qualquer produto de que precisam nós temos aqui, não precisam procurar na China”, diz, com orgulho.
Cinco anos atrás, Marcela precisou tirar licença para fazer uma pequena cirurgia e nunca mais voltou ao banco. Assumiu toda a parte financeira e administrativa do novo grupo empresarial que ali nascia.
Outra estratégia ousada e vitoriosa são as palestras no Brasil e no exterior. Marqueteiro sagaz, Alan “se convidou” para palestrar em São Petersburgo, na Rússia, berço da micropigmentação. “Nenhum brasileiro da área tinha ido palestrar fora. Eu queria ser o primeiro. Escolhi o evento mais top e me ofereci. Aos ‘45 do segundo tempo’, me ligaram de lá dizendo: ‘Você pode vir se quiser, mas não vamos pagar nem o almoço’. Aceitei e fomos nós dois. Sem falsa modéstia, demos um show. Contei nossa história, quebrei a frieza deles com uma bandeira da Rússia e nosso calor humano, vi muita gente chorar… Saí de lá com três convites internacionais engatilhados. Na hora de embarcarmos de volta ao Brasil, aquela mesma russa nos deu um envelope. Dentro tinha não só o dinheiro do almoço, mas também da hospedagem, das passagens e do cachê de participação (5 mil euros).”
Mais importante que o dinheiro, no entanto, foi ter criado reputação internacional: em dois anos, Alan foi convidado a palestrar em 20 países. Também foi pioneiro ao assinar uma linha de equipamentos e outra de produtos. E virou referência também na organização de eventos de micropigmentação. “O maior encontro do mundo tinha reunido 800 pessoas. No nosso primeiro foram mil pessoas, no segundo, 2 mil. Estamos fazendo o lançamento do terceiro, que vai levar 2.500. Hoje, graças à família A.S., a micropigmentação brasileira, na qual trabalham cerca de 500 mil pessoas, é a mais respeitada do mundo.” Ele também traz no currículo o fato de ter transformado a micropigmentação de sobrancelhas em um serviço premium.
Entre cursos de micropigmentação e de desenvolvimento pessoal, essencial para criar empatia nas palestras e nos eventos, além de viagens de aperfeiçoamento, Alan calcula ter investido mais de R$ 1 milhão. No edifício de quatro andares ricamente decorado que há dois anos funciona como sede do grupo, em Jundiaí, e onde são feitos os procedimentos e são ministrados os cursos presenciais, foram mais R$ 2 milhões.
“Esse empenho é retribuído em forma de carinho e reconhecimento por nossos alunos e alunas. Hoje, por insatisfação com sua vida atual ou por força do turbulento mercado de trabalho, muita gente está entrando na área de design e micropigmentação para ter uma nova carreira, uma nova fonte de remuneração”, analisa. “Estamos de braços abertos para recebê-los.”
Para um iniciante se tornar um profissional da micropigmentação de sobrancelha, precisa fazer três cursos (que idealmente não devem ser frequentados em sequência para que haja um período de evolução prática entre eles). O último e mais cobiçado é conduzido pelo próprio Alan. O investimento inicial é de apenas R$ 1.500 – investimento que se paga num piscar de olhos, já que os ganhos mensais de um profissional recém-formado começam em R$ 1.500 – e podem atingir valores bem maiores. “Temos pessoas que passaram por nossos cursos que hoje ganham de R$ 20 mil a R$ 100 mil”, revela Alan.
Ele alerta que ninguém precisa ter dom ou talento especial para iniciar essa jornada. “Qualquer pessoa que tenha confiança e persistência pode, com os ensinamentos e treinamentos certos, realizar esse sonho e entrar para nossa maravilhosa família, a família A.S.”
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