Empreender é uma jornada que envolve a constante tomada de decisões – muitas delas urgentes e difíceis. Exemplos reais se acumulam especialmente nestes tempos de pandemia.
No início da crise sanitária mundial, a empresária Dilma Campos viu-se forçada a revisitar sua estratégia de negócios. Fundadora e CEO da Outra Praia, uma boutique de criatividade estratégica com foco em eventos, ela adaptou o fluxo de caixa e calculou os pagamentos que deveria fazer nos três meses seguintes. Diante da suspensão global dos eventos presenciais, ela refletiu sobre prováveis cancelamentos de contratos e fez uma grande redução de despesas. Vinte meses depois, a decisão provou-se acertada: ao mudar o modelo de negócio e contratar profissionais conforme a demanda de cada projeto, sua empresa já conseguiu superar os resultados de 2019.
Os negócios liderados por mulheres sofreram mais na pandemia que os comandados por homens, de acordo com uma pesquisa do Sebrae. Elas são a maioria também entre aqueles que empreendem por necessidade: 44% das mulheres abrem uma empresa porque precisam garantir o sustento, e não porque vislumbraram uma oportunidade – o que ocorre com uma proporção menor de homens (32%). É o caso também de Dilma Campos.
A difícil decisão que ela teve no início da pandemia foi tomada com base no que aprendeu entre 2016 e 2017, quando participou do Winning Women, programa de mentorias e treinamentos da consultoria EY. “Meu mindset foi transformado”, diz a empresária. Ela aprendeu que a saúde financeira de seu negócio, em específico, depende da sua dedicação em acompanhar o fluxo de caixa diariamente. Antes, ela revisava as planilhas uma vez por mês, ou menos. “Já entendia de gestão de pessoas, mas, ao aprender mais sobre a gestão do negócio, nosso faturamento alcançou R$ 7 milhões por ano, o dobro do que era antes do programa”, comemora.
Iniciado nos Estados Unidos em 2007, o Winning Women teve seu formato adaptado para a realidade das empreendedoras brasileiras em 2013. Aqui o programa tem foco nos negócios em estágio de crescimento, fundados por mulheres, com faturamento anual a partir de R$ 3 milhões e que enfrentam desafios para expandir. A turma de mulheres formadas pelo programa cresce a cada ano, e todas ganham acesso vitalício às ferramentas e conexões disponibilizadas pela EY. Dilma, por exemplo, costuma acionar mentoras e facilitadoras do programa quando precisa tomar decisões difíceis.
E, sempre que possível, faz os novos cursos e treinamentos mensais disponibilizados pela EY junto com sua equipe. As inscrições para o próximo ciclo vão até 4 de fevereiro de 2022 e podem ser feitas pelo site. As atividades iniciam-se em agosto, com duração de 12 meses. Uma banca de juradas independentes avalia quem está mais pronta para receber o apoio neste momento.
“Somos flexíveis nos critérios, mas queremos de verdade resolver problemas, além de criar novos relacionamentos”, diz Raquel Teixeira, sócia da EY e líder do programa Winning Women Brazil. “O desafio de crescer é de quase todas as empresas, de diferentes setores e tamanhos, e precisamos descobrir o que está impedindo que sua empresa cresça.” Depois de selecionada, na primeira reunião de mentoria, a empreendedora responde a um questionário sobre sete principais pilares de crescimento de uma empresa. Com base nas respostas, um relatório com o plano de ação é formado.
Cada empreendedora é acompanhada por uma facilitadora da EY – as chamadas FEYs, executivas da consultoria encarregadas de garantir que o plano seja cumprido com excelência – e por duas mentoras que possuam conhecimentos no problema ou segmento do qual a mentoranda faz parte. Ao conhecer mais a fundo o desafio, a FEY conecta a empreendedora a executivos especialistas da EY para que também possam auxiliá-la nessa jornada de crescimento e quebra de barreiras. Todos – facilitadoras, mentoras e executivos especialistas da EY – trabalham de forma voluntária. São empresárias com negócios consolidados, como Luiza Helena Trajano, do Magazine Luiza; Chieko Aoki, do Blue Tree Hotels; e Sônia Hess, da camisaria Dudalina. Também participam executivas da alta gestão de empresas, como Lídia Abdalla, CEO do Grupo Sabin de medicina diagnóstica, entre outras que fazem parte do grupo de mentoras e ajudam essas mulheres a se destacarem em seus setores de atuação.
Todos os meses há um novo treinamento de negócios do qual cada empreendedora e sua equipe podem participar. Gestão financeira, precificação, tributação, estruturação de relatório financeiro, captação, gestão de pessoas, plano de carreira, atração e retenção de funcionários são alguns dos desafios mais recorrentes das 97 empreendedoras que já participaram do Winning Women ao longo de oito anos no Brasil. “Minha vida de empreendedora se resume ao antes e depois do Winning Women. Sou muito grata”, orgulha-se Dilma Campos.
EY ENTREPRENEURIAL WINNING WOMEN BRAZIL
Programa de mentorias e treinamentos gratuitos da EY
INSCRIÇÕES
De 19 de novembro de 2021 a 4 de fevereiro de 2022, no site
CRITÉRIOS
Negócios fundados por mulheres, com faturamento de R$ 3 milhões ou mais