“A maioria das pessoas não tem a menor consciência do que é um negócio sobrecarregado”, diz Erin Robbins O’Brien, chefe executiva de uma start up. “Eles dizem, eu quero comprar isso, eu quero gastar com aquilo, e em seguida ficam surpresos porque não há dinheiro sobrando para aumentos e salários elevados”.
A filosofia de O’Brien é simples: “Se todos tratassem o dinheiro da empresa como se fosse seu próprio dinheiro, acredito que as empresas e as equipes seriam muito melhores”.
Quando empresários viajam a trabalho, eles gostam de usar classe executiva. Mas será que é a coisa certa a fazer? Uma passagem de avião de Los Angeles para San Francisco, por exemplo, custa mais de R$ 1.000. Mas se é apenas 1 hora de voo, por que eu deveria voar de primeira classe, sendo que o preço é quase o dobro? Para conseguir um benefício ou outro, os funcionários das empresas esquecem que estão gastando dinheiro que futuramente pode ser deles.
É comum que os funcionários gastem mais do orçamento por causa de alguma infelicidade no ambiente de trabalho como função, salário ou reconhecimento. Se sua equipe está vendo isso acontecer, é hora de enfrentar o ambiente geral, diz O’Brien.
É também uma questão de ser honesto com você mesmo e colocar na frente as coisas mais importantes. “As vezes, os gestores deixam suas equipes fazerem viagens para uma conferência porque é a maneira de mostrar um trabalho gratificante”, diz ela. “Mas se o funcionário é honesto, ele pode dizer que talvez esta não seja uma boa maneira de gastar aquela quantia de dinheiro”.
Quando há uma vontade comum de gastar o dinheiro da empresa de maneira tão cuidadosamente quanto você gastaria o seu próprio, e quando a empresa está disposta a recompensar seus funcionários por tal disciplina, ambos os lados se beneficiam.