Você normalmente vai às compras com seu carro elétrico? E na hora de pagar, usa bitcoins? Também tem painéis solares em casa? Se você respondeu “sim” para qualquer uma destas perguntas, você é parte da minoria que já está preparada e conectada com o futuro.
A questão é: porque a “próxima grande novidade” só realmente fica grande quando se torna algo comum? Os computadores eram empolgantes quando o homem foi par a lua, mas agora que é possível ter aparelhos milhares de vezes mais poderosos ao alcance das mãos, eles são completamente mundanos.
Em seu novo livro, “Bold” (ainda sem tradução para o português), os empreendedores e escritores Peter Diamandis e Steven Kotler explicam a teoria de que o pulo do gato quando se trata de tecnologia é a interface. Segundo eles, é algo “simples e elegante” que consegue tirar a tecnologia “das mãos dos “geeks” direto para os empreendedores”.
Então a chave para fazer uma ideia decolar está na maneira como ela é apresentada e introduzida às pessoas. Isto acontece porque as novas tecnologias demoram um tempo para “vingar”; Thomas Edison introduziu a lâmpada elétrica em 1879, mas os ganhos de produtividade só chegaram por volta dos anos 20, quase 40 anos depois.
Quando algo realmente inovador aparece, as pessoas não sabem o que fazer logo de cara. A tecnologia só se torna útil quando pode ser usada facilmente. Antes disso, é apenas um projeto de laboratório. Hoje em dia, as moedas criptografadas como o Bitcoin são curiosidades, mas logo serão integradas ao sistema financeiro e os efeitos positivos serão sentidos por todos.
É preciso pensar menos em como tornar algo empolgante e revolucionário e mais em como transforma-lo no aspecto mais banal, simples e prático da vida das pessoas. É isso que difere uma grande ideia de uma ideia revolucionaria.