Empresas que operam em mercados emergentes querem contratar jovens talentosos e reconhecem a importância de dar a eles a possibilidade de equilibrar vida pessoal e profissional, além de um ambiente de trabalho agradável e que inspire novas ideias. A conclusão é do estudo da empresa de consultoria Universum, que aponta que essas companhias estão em países cuja taxa de crescimento do PIB está acima da média global, mas não têm mercados tão maduros e desenvolvidos quanto nos Estados Unidos, Reino Unido, Europa ocidental, China e Japão.
De acordo com dados do Euromonitor International, esses mercados em desenvolvimento, em 2020, serão responsáveis por65% do crescimento da economia mundial. Além disso, a análise mostra que a idade média dos funcionários que farão os países emergentes funcionarem é de 28,4 anos, 12,5 anos a menos do que nos lugares com economia desenvolvida.
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O balanço entre trabalho e vida pessoal é essencial para a maioria da geração Y nos mercados emergentes. A pesquisa da Universum mostra que os países onde os jovens dão mais importância a este aspecto são Argentina, Brasil, Chile, Costa Rica e Malásia.
Para funcionários mais novos que vivem nos países do norte da África, como Gana, Quênia, Nigéria e Argélia, o mais importante não é esse equilíbrio, mas sim ter um futuro profissional promissor, com “objetivo de tornar-se um empreendedor ou um pessoa criativa e inovadora no trabalho”.
Em Gana, conseguir balancear a vida pessoal e profissional é pouco importante para os jovens. Apenas um terço dos estudantes de administração e um quarto dos de engenharia colocam esse aspecto entre os três principais. A Universum atribuio resultado à ênfase que o país tem dado ao programa de jovens empreendedores, o Youth Enterprise Support, que financia jovens ganenses com ideias criativas e inovadoras para desenvolverem seus projetos.
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No entanto, o bom equilíbrio entre vida pessoal e trabalho não significa trabalhar menos ou ter folgas, mas ter flexibilidade e um ambiente dinâmico, com espaço para ser criativo. “Vemos isso como uma indicação de que os integrantes dessa geração, não importa em que lugar do mundo, querem ter uma abordagem diferente em seus empregos”, diz Petter Nylander, CEO da Universum. “Trabalho e vida pessoal estão se misturando – estudantes não veem mais separação entre os dois como havia no passado, e sabem a grande importância que o emprego tem em suas rotinas. Por isso, eles querem trabalhar em um ambiente que os faça felizes”, explica.
O estudo recomenda que companhias que querem criar o melhor ambiente possível em economias emergentes deem oportunidades para empreendedorismo, criatividade e inovação. Caso contrário, esses jovens optarão por abrir negócios próprios.