Certamente, todo mundo já testemunhou pessoas influenciarem, com sucesso, seus colegas de trabalho, sem que houvesse razão real para que fossem tão influentes quanto claramente eram. Essas pessoas são capazes de usar seu poder pessoal e táticas coercitivas e manipuladoras para empurrar aqueles ao redor para as decisões que elas desejam que sejam tomadas.
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Quando se começa a prestar atenção em como as pessoas usam o poder para influenciar, torna-se aparente que há muitas táticas e ferramentas que são utilizadas. Muito jó foi escrito sobre estratégias de influência, mas uma opção é olhar para ela como um processo. O relacionamento entre o influenciador e seus colegas normalmente molda as decisões táticas muito antes da tentativa de influenciar de fato.
O primeiro ponto a observar é o poder: de onde vem e como é usado para servir como uma ferramenta de influência. O poder é o potencial de um líder de influenciar ou mudar o comportamento de um colega com base em características como sua posição na empresa, a posse de atributos desejáveis ou de recursos valorizados por seus colegas ou o relacionamento existente com eles.
A chave deste processo é que o potencial para influenciar é baseado nas percepções dos colegas, não na percepção do líder de seu próprio potencial para influenciar ou mudar. Líderes têm poder no relacionamento com seus colegas porque seus colegas o concedem. Se eles não valorizarem ou acharem determinada característica desejada, o líder não tem poder naquela área. Nós podemos pensar que temos poder, mas ele realmente depende do relacionamento e da situação.
As pessoas capazes de influenciar são poderosas porque seus colegas veem que elas têm vários tipos de poder:
– São especialistas em suas áreas: normalmente estão na empresa há bastante tempo, então têm muito conhecimento e experiência;
– São fundamentais para seus departamentos: asseguram-se de fazer parte do time que estiver envolvido em projetos fundamentais, que impactem o sucesso da área;
– Têm informações valiosas: são bem relacionadas e sempre informadas. Controlam a distribuição de informação, criando um grupo dos que a recebem. E, acima de tudo, sabem onde os problemas estão;
– São capazes de tornar o trabalho de seus chefes difícil: controlam quão eficientemente e eficazmente eles trabalham, o que pode tanto ajudar quanto prejudicá-los. Podem ter o hábito de, por exemplo, “esquecer” de encaminhar emails importantes.
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Conhecer o seu poder é um ponto chave para influenciar seus colegas, porque o poder percebido de um líder varia dependendo dos relacionamentos individuais e da situação. Influenciadores experientes têm um bom senso de seu poder sobre os colegas e em diferentes condições.
Para ter uma percepção maior do seu próprio poder, faça aos seus colegas as seguintes perguntas:
-Se você tem condições de oferecer bons conselhos relativos a trabalho;
-Se você pode fazê-los se sentirem importantes;
-Se você pode dar-lhes a sensação de que eles têm responsabilidades para cumprir;
-Se você pode influenciar as suas capacidades de receber tarefas de trabalho desejáveis;
-Se você pode tornar o trabalho horrível para eles;
-Se informações importantes normalmente são distribuídas por você;
-Se a sua posição é considerada mais essencial do que outras;
-Se você tem muito contato entre os gestores sênior.
Ao ser capaz de responder a essas perguntas, cria-se uma melhor percepção de quanto poder você tem ao influenciar seus colegas. Como resultado, você pode escolher como quer usá-lo para essa influência seja bem-sucedida.
Influenciadores experientes sabem como aumentar seu poder e – o que talvez seja mais importante – como reduzi-lo. Na próxima vez em que você estiver se preparando para influenciar seus colegas, assegure-se de saber quanto poder você está colocando sobre a mesa e como você quer usá-lo para exercer influência da melhor maneira possível.