No mundo todo, há cerca de 42,5 milhões de profissionais que decidiram trabalhar no exterior, seja por conta própria ou por decisão das empresas que os empregam. Tendo em vista esse número, é lógico deduzir que existam muitos aspectos favoráveis nessa experiência.
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A InterNations, rede social que conecta expatriados de todo o mundo, elaborou uma lista com os 10 principais motivos para trabalhar no exterior. As informações vêm de várias fontes: estudos acadêmicos que abordam a vida fora do país de origem, a base de integrantes da rede (2,8 milhões de pessoas) e as respostas do Expat Insider, questionário anual que a empresa aplica a seus membros.
Veja, na galeria de fotos, 10 motivos para trabalhar no exterior:
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iStock Aumentar a renda
Um estudo da Associação Americana de Psicologia mostra que 61% dos norte-americanos se preocupam com dinheiro. Entre os britânicos, esse número é de 40%, de acordo com uma pesquisa da agência de inteligência de mercado Mintel. Porém, mudar-se para o exterior pode melhorar a situação financeira: mais da metade dos expatriados do mundo todo dizem que ganham mais do que ganhariam em seu país de origem (51%), enquanto quase um quarto declarou que sua renda é muito maior do que antes (24%). Um quinto dos expatriados (21%) têm receita anual acima de US$ 100 mil. Outros 26% ganham entre US$ 50 mil e US$ 100 mil. -
iStock Acelerar a carreira
Cerca de três a cada dez expatriados (31%) mencionam seu emprego ou negócio como a razão principal para se realocar. Trabalhar no exterior parece atender às expectativas deles: apenas cerca de um quarto veem as suas oportunidades de carreira negativamente (26%). Por outro lado, mais da metade das pessoas que participaram da pesquisa estão felizes com suas perspectivas de carreira (53%). Uma em cada sete declarou até que não poderia ser mais feliz no que diz respeito a sua carreira no exterior (14%). O fundador e co-CEO da InterNations Malte Zeeck explica: “Nosso levantamento mostra que oportunidades de carreira variam fortemente de acordo com o país. Expatriados ambiciosos deveriam considerar se mudar para mercados emergentes como Cazaquistão ou Vietnã, ou para os Estados Unidos, enquanto aqueles que se preocupam mais com segurança no emprego e uma economia local forte vão gostar de Luxemburgo, Alemanha e Suíça”. -
iStock Pensar fora da caixa
Um estudo de William W. Maddux, do Instituto Europeu de Administração de Empresas, descobriu que aprender como se adaptar a novas culturas melhora as habilidades de solução de problemas entre estudantes de MBA envolvidos em um programa internacional. Depois de viverem no exterior por quase um ano, eles mostravam uma atitude de mente aberta em relação a outras culturas e eram capazes de fazer conexões mais complexas entre ideias díspares. Esse é um talento muito valioso, não apenas na vida pessoal, mas também para a carreira: “Nós colocamos muita ênfase na experiência internacional de nossos funcionários”, diz Zeeck. “Ao fazer isso, nós encorajamos inovação e pensamento ‘fora da caixa’ em nossas equipes.” -
iStock Tornar-se mais criativo
Angela Leung, da Singapore Management University, conduziu um estudo que demonstrou que experimentar culturas diversas tem um efeito positivo na criatividade: estudantes que eram expostos a duas culturas diferentes não apenas tinham melhor performance criativa, como também eram mais propensos a engajar-se em processos criativos, como a geração de ideias não convencionais. Assim, pode não ser uma surpresa que quase um entre dez expatriados (9%) trabalhe com artes. -
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iStock Construir uma rede global de contatos
Em média, expatriados estão conectados com cinco outras nacionalidades, mostra pesquisa realizada entre os 2,8 milhões membros da InterNations. Quando esse resultado é comparado a dados disponíveis da rede social Facebook, a seguinte tendência surge: expatriados têm muito mais chance de ter uma rede de contatos global do que local. O estudo do Facebook mostrou que as conexões sociais em sua plataforma são muito agrupadas localmente, com 84% de todas as conexões sendo entre usuários que vivem no mesmo país. -
iStock Aprender um novo idioma
Para um em cada dez expatriados, aprimorar suas habilidades em língua estrangeira foi uma das razões para se mudar para o exterior. No entanto, muito mais pessoas parecem ter se beneficiado linguisticamente da realocação: um a cada três expatriados fala, pelo menos um pouco, do idioma da sua nova casa, e mais de dois quintos (43%) se sentem confiantes ao se comunicar na língua local. Além disso, uma pesquisa representativa entre integrantes da InterNations mostra que 84% daqueles que moram no exterior atualmente falam pelo menos dois idiomas – e mais de um em cada cinco (22%) domina quatro línguas ou mais. -
iStock Ser um pioneiro dos tempos modernos
Independentemente de ser um colono no século 17 buscando um novo mundo, um engenheiro desenvolvendo novas tecnologias ou um fundador de startup revolucionando a sociedade, o que une todos os pioneiros é a coragem de se mover em direção ao desconhecido. É o mesmo espírito que define um expatriado. Não importa se ele se muda por causa de trabalho e carreira (31%), amor e família (25%), melhor qualidade de vida (8%) ou aventura (7%) – no momento em que alguém decide se mudar para o exterior, a pessoa se torna uma pioneira dos tempos modernos. Eles almejam o novo, o único, o inexplorado e o desconhecido – assim como aqueles intrépidos precursores do passado. -
iStock Melhorar suas habilidades de comunicação
Comunicação não é apenas sobre linguagem, mas principalmente sobre competência intercultural. Quando um expatriado começa a se adaptar no exterior e se sentir em casa em uma nova cultura, ele abre sua mente, torna-se mais tolerante e acha mais fácil superar diferenças, diz Rona Hard, da University of East London em seu livro “Preparing for Your Move Abroad: Relocating, Settling in, Managing Cultura Shock” (ainda sem versão em português). Ela explica que a pessoa se torna menos propensa a julgar os outros e começa a tolerar opiniões e ações que poderiam rejeitar anteriormente. -
iStock Encontrar um melhor equilíbrio entre trabalho e vida pessoal
Enquanto impressionantes 58% dos funcionários participantes de um estudo da Associação Americana de Psicologia se sentem estressados com o trabalho, as circunstâncias parecem ser muito melhores para aqueles que decidiram ir embora de seus países de origem. Cerca de seis em cada dez expatriados declararam especificamente que estão satisfeitos com sua situação profissional (64%), equilíbrio entre trabalho e vida pessoal (60%) e segurança no emprego (57%). Um em cada cinco chegaram a dizer que não poderiam estar mais felizes nesses aspectos. Uma parcela semelhante também expressou satisfação com suas horas de trabalho: 61% avaliam esse fator positivamente, dos quais 38% estão completamente satisfeitos. -
iStock Confiar na opinião de 42,5 milhões de profissionais expatriados
De acordo com a empresa de pesquisa de mercado Finaccord, existem 42 milhões de profissionais expatriados por conta própria no mundo e 500 mil transferidos por suas empresas. Juntos, essas 42,5 milhões de pessoas representam cerca de três quartos da população total de expatriados. Desde 2009, observa-se uma taxa de crescimento de 3% nas duas categorias, o que comprova a tendência de cada vez mais pessoas procurarem por novas atribuições e posições no exterior. E temos que concordar: 42,5 milhões de pessoas não podem estar erradas!
Aumentar a renda
Um estudo da Associação Americana de Psicologia mostra que 61% dos norte-americanos se preocupam com dinheiro. Entre os britânicos, esse número é de 40%, de acordo com uma pesquisa da agência de inteligência de mercado Mintel. Porém, mudar-se para o exterior pode melhorar a situação financeira: mais da metade dos expatriados do mundo todo dizem que ganham mais do que ganhariam em seu país de origem (51%), enquanto quase um quarto declarou que sua renda é muito maior do que antes (24%). Um quinto dos expatriados (21%) têm receita anual acima de US$ 100 mil. Outros 26% ganham entre US$ 50 mil e US$ 100 mil.
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