Quando você ama música, mas sua mãe diz que você precisa ser advogado ou médico, o que você faz? Para Nathalia Nastaskin, que se mudou da antiga União Soviética para os Estados Unidos aos oito anos, a solução não foi previsível: ela se formou em Direito e começou a sua própria prática na área do entretenimento.
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Nathalia teve muito trabalho e alguns podem afirmar que foi uma loucura, mas isso não a impediu. Hoje, ela é chefe de operações musicais na United Talent Agency, uma agência para grandes artistas e bandas que atende Guns N’ Roses e Paramore. Ela também ganhou muito prêmios, como o Billboard Women in Music e o Billboard Power 100.
Nathalia afirma que, quando começou, estava com muito medo. Era jovem, trabalhava por conta própria e competia com os maiores advogados do mundo. “Eu precisava ser extremamente profissional e muito preparada. Existem coisas que eu absorvi ou que executivos que eu admirava me apontaram que estavam presas em mim”, afirma.
Veja 3 lições que, segundo Nathalia, são fundamentais para ser bem-sucedido:
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iStock 1. Entenda que nem todos vão gostar de você
Nem todo mundo vai gostar de você. “Eu era uma criança extremamente tímida quando me mudei para a América. Cheguei querendo que as pessoas gostassem de mim, quis perder o sotaque, ser mais magra e ter os dentes brancos como as crianças norte-americanas”, afirma Nathalia.
Ela estava muito preocupada e se questionava: “As pessoas gostam de mim? O que elas vão dizer sobre mim? Serão minhas amigas? Vão perceber que tenho sotaque? Vão aceitar o fato de eu ser da União Soviética?”
Se esse tipo de coisa atormenta uma pessoa durante a maior parte do começo da sua vida adulta, pode também impactar sua vida profissional. Segundo Nathalia, levou muito tempo para ela superar a necessidade de ter pessoas que gostassem dela. Como advogada, enfrenta diversas situações de negociação de acordos e precisa representar seus clientes dando o melhor de si. “Às vezes, eu preciso tomar atitudes impopulares – e isso significa que algumas pessoas não vão gostar de mim.”
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iStock 2. Saia da zona de conforto
“Entre no trânsito. Se não fizer isso, nada vai acontecer”. Como uma jovem advogada, Nathalia pensou: “Que trânsito? O que isso quer dizer?”. Como empreendedora, percebeu que a metáfora significa que é preciso sair da zona de conforto – ter uma rede de contatos, conhecer pessoas e colaborar. Não foi fácil para Nathalia se colocar em certas situações. Mas ela conta que as enfrentou. “Eu fiz tudo para aumentar meus contatos, entrar no ‘trânsito’ que era o mundo do entretenimento e absorver algo de advogados experientes que estavam atuando na área”, lembra.
Se você não sair da sua zona de conforto, ficará preso no seu próprio mundo e não aprenderá. E, se não fizer isso, não fará conexões que podem levá-lo ao próximo nível da sua carreira profissional.
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iStock 3. Retorne todas as ligações que receber
Um importante executivo da agência William Morris deu um conselho a ela: “Eu prometo que isso vai ajudar sua vida profissional. Retorne todas as ligações que receber”.
Ela concluiu que colocar o conselho em prática era algo razoavelmente simples, mas, quando as pessoas recebem um volume alto de ligações e estão muito ocupadas dedicando-se aos seus negócios, é realmente necessário retornar cada um dos telefonemas que recebe? A realidade é que é preciso sim, afinal você nunca sabe quem está do outro lado da linha.
Segundo Nathalia, muitas coisas boas aconteceram com ela sem nenhum planejamento. “Muitos dos clientes com quem eu trabalhei ao longo dos anos – clientes que eu nunca imaginei que representaria – eram pessoas que conheciam alguém que deixou uma mensagem na minha caixa postal.”
Frequentemente estamos tão ocupados que parece mais fácil deletar a mensagem daqueles que não conhecemos. Mas alguns dos acordos e clientes mais empolgantes com quem Nathalia já trabalhou vieram das mensagens na caixa postal que ela poderia facilmente ter apagado. “Sim, eu retorno todas as ligações que recebo”, garante.
1. Entenda que nem todos vão gostar de você
Nem todo mundo vai gostar de você. “Eu era uma criança extremamente tímida quando me mudei para a América. Cheguei querendo que as pessoas gostassem de mim, quis perder o sotaque, ser mais magra e ter os dentes brancos como as crianças norte-americanas”, afirma Nathalia.
Ela estava muito preocupada e se questionava: “As pessoas gostam de mim? O que elas vão dizer sobre mim? Serão minhas amigas? Vão perceber que tenho sotaque? Vão aceitar o fato de eu ser da União Soviética?”
Se esse tipo de coisa atormenta uma pessoa durante a maior parte do começo da sua vida adulta, pode também impactar sua vida profissional. Segundo Nathalia, levou muito tempo para ela superar a necessidade de ter pessoas que gostassem dela. Como advogada, enfrenta diversas situações de negociação de acordos e precisa representar seus clientes dando o melhor de si. “Às vezes, eu preciso tomar atitudes impopulares – e isso significa que algumas pessoas não vão gostar de mim.”
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