Segundo informações do portal Climate Action, um novo relatório constatou que a energia renovável bateu um recorde e agora emprega 10,3 milhões de pessoas em todo o mundo.
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A Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), que representa 156 Estados membros, publicou no último dia 8 o estudo, que mostra um crescimento de 5,3% em novos empregos desde 2017. Isso significa que o setor criou 500.000 vagas no ano passado, com estimativas que superam a marca de 10 milhões pela primeira vez.
A agência combinou uma série de métricas para chegar ao valor final, que incluem pesquisas do setor e abrangem em grande parte os empregos diretos e indiretos. A IRENA diz acreditar que o mercado global está no caminho de criar 28 milhões de empregos em energias renováveis até 2050.
A indústria, no entanto, continua concentrada nos mercados mais representativos e apenas seis países contribuíram com mais de 70% do total de empregos criados: Alemanha, Brasil, China, Estados Unidos, Índia e Japão. Somente a China é responsável por 43%, ou 3,8 milhões de vagas, enquanto os Estados Unidos empregam 786.000.
Para Adnan Z. Amin, diretor-geral da IRENA, “a energia renovável se tornou um pilar do crescimento econômico de baixo carbono para governos em todo o mundo”. E acrescenta que “os dados também ressaltam um quadro cada vez mais regionalizado, pelo qual é possível constatar que, em países onde há políticas atrativas, os benefícios econômicos, sociais e ambientais das energias renováveis são mais evidentes”.
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O setor solar fotovoltaico (PV), que transforma diretamente luz em energia elétrica, continua a ser um empregador dominante dentro da indústria de energia renovável, ao fornecer mais de 3 milhões do total de empregos. Em seguida, os biocombustíveis líquidos criaram cerca de 2 milhões de empregos, com o Brasil como líder na tecnologia. A energia eólica mostrou um leve declínio, com 1,15 milhão de empregados, em grande parte na China, Europa e América do Norte.