O movimento de trabalho remoto está mais em alta do que nunca. Segundo a “Deskmag”, uma revista online sobre coworking, 1,7 milhão de pessoas trabalharão remotamente em 2018. Conceitos de home office, como o Terminal 3 e Remote Year, estão se proliferando, sem mencionar os espaços de trabalho coletivo, que estão em ascensão globalmente.
LEIA MAIS: 13 dicas para profissionais remotos não se tornarem sedentários
Agora, o estado de Vermont, nos Estados Unidos, quer entrar em cena, e está tentando atrair novos residentes com uma inteligente campanha voltada para o movimento de trabalho remoto. O governador Phil Scott acaba de aprovar uma lei que vai pagar até US$ 10 mil para 100 pessoas se mudarem para Vermont em 2019, por meio do “Programa de Subsídios aos Trabalhadores Remotos”.
Para ser elegível, o candidato deve estar empregado em tempo integral em uma empresa fora de Vermont. A doação cobrirá as despesas de mudança, as taxas de associação em um espaço de coworking e outros custos. O trabalhador deve se tornar residente do estado em 2019, de forma definitiva. Depois da fase inicial, 20 pessoas serão elegíveis para subsídios anuais.
Esta não é a primeira vez que um destino tenta atrair novos residentes com um programa inovador. No ano passado, Wellington, na Nova Zelândia, lançou uma iniciativa chamada “LookSee Wellington”, com o objetivo de recrutar trabalhadores de tecnologia de todo o mundo para se mudarem para lá.
A autora do projeto de lei de Vermont, a senadora Virginia Lyons, foi inspirada por seu genro, um trabalhador remoto que mora no estado. “Eu esperava conquistar algumas coisas com este projeto”, disse Virginia ao Zenefits.com. “Uma delas era incentivar os jovens especialistas em informática a permanecerem no estado e trabalharem remotamente. A segunda é que essa lei poderia ajudar a atrair pessoas para o estado.”
LEIA MAIS: ‘Trabalho remoto’ foi o quarto termo mais procurado em busca de emprego no ano passado
Em 2017, Vermont teve seu primeiro aumento de população desde 2013 e, de acordo com uma pesquisa recente, está atraindo residentes mais jovens do que qualquer estado nos EUA. Também é o oitavo estado mais empreendedor do país, com 390 startups a cada 100 mil adultos. E o cenário de coworking está crescendo – há uma série de espaços legais, como o Centro de Tecnologias Emergentes de Vermont (VCET), que tem a misão de apoiar startups inovadoras baseadas no estado, com um foco particular em mulheres empreendedoras e fundadoras.
Mas isso ainda não é o suficiente, segundo o governador. “Temos cerca de 16 mil trabalhadores a menos do que em 2009. É por isso que expandir nossa força de trabalho é uma das principais prioridades da minha administração”, disse ele em um comunicado. “Devemos pensar fora da caixa para ajudar mais cidadãos a entrar no mercado e atrair mais famílias trabalhadoras e jovens profissionais para Vermont.”
E o estado está, definitivamente, pensando fora da caixa atualmente. Além da concessão de trabalhador remoto, Vermont também está executando um programa chamado “Stay to Stay”, que convida os candidatos a visitar o estado para conhecer empregadores e outros jovens profissionais. Seria uma maneira de analisar a região antes de se comprometer com a mudança.
As inscrições para o “Novo Programa de Concessão de Trabalhador Remoto” serão abertas em 1º de janeiro de 2019, mas não demore: o primeiro a chegar é primeiro a ser atendido.