- A curiosidade começa a ser inibida no ambiente escolar: professores não conseguem explorar todos os caminhos e responder a todas as questões
- Quatro fatores podem causar inibição da curiosidade: medo, suposições, tecnologia e ambiente (Fate, na sigla em inglês para os fatores)
- A rotina diária de demandas pode inibir a curiosidade. Empresas que buscam inovação devem estimular os funcionários a falar e apresentar ideias
Eu me considero uma pessoa bastante curiosa e pensei que os outros também fossem, até começar a ter conversas com pessoas que me disseram nunca perguntar “por quê”. Elas simplesmente fazem o que é dito a elas. Depois de pensar a respeito, recorri a uma das especialistas mundiais em curiosidade, Diane Hamilton, autora do recém-lançado “Cracking the Curiosity Code” (Quebrando o código da curiosidade, em tradução livre), ainda sem versão em português, para aprender mais sobre a conexão entre curiosidade e desempenho humano.
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“Todos nascemos naturalmente curiosos. No entanto, quando entramos no ensino fundamental, a curiosidade começa a diminuir”, diz Diane Hamilton. “É quase impossível para os professores responderem a todas as questões que recebem e explorar todos os caminhos que possam interessar às crianças, por isso não é surpreendente ver que o nosso ambiente educacional tem um impacto. A boa notícia é que podemos instigar a curiosidade ao perceber o que a inibe.”
No livro “Cracking the Curiosity Code”, a autora aponta quatro fatores inibidores da curiosidade: medo, suposições, tecnologia e ambiente (Fate, na sigla em inglês para os quatro). Segundo Diane, “muitos funcionários têm medo de ter suas iniciativas vetadas e soar tolos. Organizações que querem mudanças culturais reais devem demonstrar que ideias e questionamentos têm mérito” e que “nenhuma dúvida é uma pergunta idiota”.
Suposição, diz, é quando dizemos a nós mesmos que algo soa chato. “É aquela pequena voz na cabeça que nos diz para seguir o status quo.” Os líderes podem colaborar com o clima da equipe, incentivando-a ao desabafo. Uma conversa aberta permite que ambas as partes encontrem a melhor forma de avançar.
A tecnologia pode fazer muito por nós. E também pode ser intimidante. Não sei quantas vezes gritei, frustrada: “Eu não me importo como o software deve funcionar. Apenas faça com que ele funcione!” A funcionários que se sentem sobrecarregados pela tecnologia, Diane Hamilton recomenda calma: eles não precisam aprender tudo da noite para o dia.
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O ambiente também tem um enorme impacto na curiosidade. Muitos clientes de coaching falam sobre situações no trabalho em que as pessoas são desligadas ao fazer uma pergunta. Daí muitos acharem que ser curioso pode acabar com a carreira — e que é melhor baixar a cabeça e fazer o que é pedido. Eventualmente, eles se cansam disso e começam a olhar para fora, na esperança de encontrar um ambiente onde a curiosidade seja bem-vinda.
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