Você já assistiu a uma apresentação e ficou se perguntando: “Qual é o objetivo disso?” ou “Era pra eu estar tirando alguma lição daqui?”
Por mais absurdamente simples que pareça, a maioria dos apresentadores não inicia sua fala com uma frase que envolveria instantaneamente seu público: “Pessoal, o objetivo da apresentação de hoje é .” Basta deixar claro se você quer aprovar um orçamento, decidir sobre uma compra, revisar o cronograma de um projeto e etc.
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Seu propósito é provavelmente maravilhoso, mas isso não importa se ninguém na plateia sabe o que se passa na sua cabeça. E o problema é ainda maior quando você se dá conta de quem é o seu público ouvinte.
Mais de um milhão de pessoas já fizeram um teste online chamado “Qual é o seu estilo de comunicação?” Os dados revelam quatro estilos principais de comunicadores: os intuitivos, que costumam ignorar os detalhes e ir direto ao ponto; os analíticos, que mostram dados concretos e números reais; os funcionais, que trazem processos, detalhes e cronogramas para sua fala, e, por último, os pessoais, que priorizam a conexão interpessoal, geralmente sendo mais informal e amigável.
Se você adivinhou que os intuitivos (seguidos dos analíticos) são aqueles que realmente precisam ouvir um objetivo claramente articulado, você está correto. Embora a porcentagem de intuitivos e analíticos varie de empresa para empresa, o que sabemos é que entre as milhões de pessoas que fazem esse teste, a maioria se inclina para essa direção.
Nos departamentos de finanças, por exemplo, 30% das pessoas são consideradas intuitivas, enquanto outras 30% são analíticas. Já nos departamentos de tecnologia da informação, 35% se revelam intuitivos e 28% analíticos. E, como você pode imaginar, os CEOs têm mais probabilidade de serem intuitivos.
Tudo isso significa que quando você está falando sobre dinheiro e tecnologia para as pessoas, elas realmente precisam ouvir uma declaração breve e direta sobre onde você espera chegar com aquilo.
Sem dúvida, você também já ouviu a velha regra das apresentações: “Diga o que você vai dizer a eles. Em seguida, diga. Depois, diga a eles o que você disse”. Esse é um conselho sólido, mas podemos torná-lo ainda mais apropriado para o tipo de pessoa que compõe seu público.
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Depois de planejar toda a sua apresentação, revise o conteúdo e sintetize seu objetivo em uma frase; não duas, três ou quatro, apenas uma. Lembre-se de que praticamente toda apresentação de negócios vai ensinar algo às pessoas ou pedir que façam algo. Você pode estar pedindo a eles para comprar, aprovar, contratar, despedir, etc. Ou você pode estar lhes ensinando sobre nova tecnologia, a concorrência, regulamentação da indústria, etc.
Quaisquer que sejam as especificidades da sua fala, no entanto, deve haver um propósito muito claro para a sua apresentação. E quando você pode descrever esse propósito em uma frase, você está realizando duas tarefas importantes. Primeiro, você está tornando sua apresentação mais memorável na mente de seu público. Se eles sentirem uma ponta de frustração no início do seu discurso, é verdade que você terá muita dificuldade em captar a sua atenção de volta. Mesmo assim, eles podem não concordar com o que você tem para falar, mas ninguém ficará irritado porque não sabia o que você queria dizer.
O outro benefício importante é o aprimoramento da mensagem. Pode haver dezenas de pontes e devaneios ao longo da apresentação, mas tudo isso estará a serviço de um propósito maior. É altamente improvável que seu público se lembre de cada observação que você fez. Mas, desde que eles sejam claros sobre o seu ponto de vista geral, sua mensagem será muito mais memorável do que a maioria das apresentações por aí.
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