É difícil que as empresas deem um passo para trás com relação à empatia no que diz respeito aos seus funcionários. E essa não será uma tendência de curto prazo. Essa soft skill veio para ficar por vários motivos e é importante entender seus efeitos sobre as pessoas e sobre os negócios. A empatia moldará o futuro do trabalho de maneiras interessantes.
1. O stress da pandemia virou uma questão global
Nos últimos dois anos, as pessoas relataram maiores níveis de depressão, ansiedade e até mesmo problemas para lidar com o excesso de pensamentos e demandas. O mal-estar continua à medida que a população se adapta e suporta os novos desafios.
A experiência do stress tende a durar além de um evento específico, porque as substâncias químicas cerebrais que desencadeiam a resposta de luta ou fuga levam tempo para serem eliminadas do cérebro e do corpo.
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A boa notícia é que essas questões foram levadas para o âmbito global. As pessoas estão falando sobre bem-estar, identificando questões desafiadoras e buscando ajuda para trabalhar com elas em todos os lugares Passar por tempos difíceis traz problemas à tona e coloca todos no mesmo barco.
2. A experiência compartilhada gera empatia
A empatia também moldará o futuro por causa da compreensão coletiva das pessoas. Ninguém ficou imune aos desafios dos últimos anos. Isso amplia a capacidade de sentir o que os outros sofrem Como a empatia é fundamentalmente imaginar o que alguém deve estar pensando (empatia cognitiva) ou sentindo (empatia emocional), passar por momentos difíceis para todos torna a empatia mais fácil de praticar. Não é difícil imaginar o que os outros estão passando quando você mesmo já passou por algo semelhante.
Além disso, passar por momentos difíceis junto de outras pessoas é poderoso para criar laços – para equipes, grupos e comunidades. As pessoas são programadas para a empatia – e os comportamentos carinhosos e compassivos são evidentes em crianças pequenas. Além disso, quando sentimos conexão com o próximo, nosso corpo produz ocitocina, o hormônio do bem-estar. E isso faz com que elas repitam o comportamento ao longo do tempo – buscando e mantendo conexões e comunidade.
3. A guerra de talentos trará mudanças necessárias
Novos dados revelam que 36% dos trabalhadores pensam em deixar seus empregos várias vezes por semana. E 24% relatam que estão infelizes em suas posições atuais, fazendo com que procurem um emprego diferente. Com essa realidade, muitas empresas estão motivadas a fazer mais pelos funcionários, para atrair novos talentos e manter as pessoas que têm.
Cada vez mais, o bem-estar e o apoio à realização da vida profissional são os critérios principais para as pessoas se comprometerem com os empregadores. Um estudo da Microsoft mostrou que 53% das pessoas estão priorizando a saúde e o bem-estar sobre o trabalho e 86% das pessoas dizem que seu bem-estar é extremamente importante – 69% dizem que o bem-estar é mais importante do que um trabalho de alto status e 51% que coloca o bem-estar acima de um aumento salarial. De acordo com os dados, 41% dos funcionários se interessam por saber que seus empregadores se preocupam com sua qualidade de vida.
As empresas também podem se sentir seguras em saber que um investimento em empatia por meio do desenvolvimento de habilidades de liderança e do estabelecimento de políticas e práticas que atendem aos funcionários valerá a pena. Os dados são convincentes. Quando os líderes demonstram empatia, as pessoas relatam maior saúde mental e emocional, bem como maior engajamento, inovação e probabilidade de permanecer em suas empresas.
Conclusões
O poder da empatia é demonstrado quando você pergunta a um colega como ele está, ao agir com compaixão para ajudar um amigo, em líderes que expressam respeito e cuidado e em empresas que implementam políticas empaticamente significativas.
Tudo isso é um bom presságio para um futuro do trabalho em que as pessoas possam se expressar plenamente e dar o melhor de si, porque são apoiadas e vivem uma cultura positiva.