A Microsoft Brasil ampliou seu plano de saúde e passa agora a oferecer tratamento para transição de gênero para funcionários transexuais da empresa. Também estarão cobertos tratamento para fertilidade, para pessoas com TEA (Transtorno do Espectro Autista) e câncer, além de cirurgia bariátrica. “A qualidade de vida dos colaboradores está no centro da nossa estratégia de negócios”, diz Danni Mnitentag, vice-presidente de parceiros e canais da Microsoft e novo líder de D&I (Diversidade e Inclusão) da empresa.
Danni tem mais de 25 anos de experiência com telecomunicações e TI e está na Microsoft desde 2014. Na sua trajetória, quase sempre esteve rodeado de homens brancos, como ele. “Quero ser um aliado e usar o meu espaço na sociedade para lutar por mais inclusão no setor.”
Ele reconhece que a diversidade é um imperativo de negócios para as organizações hoje. Estudos mostram que empresas com quadro de funcionários e, principalmente, líderes com perfis diversos, têm melhores resultados financeiros. “Pessoas com deficiência, por exemplo, nos mostram o que podemos melhorar em nossos produtos.”
Outras empresas, como Vale e Grupo Boticário, também vêm trabalhando a diversidade em ações para apoiar e acolher pessoas trans. Em junho deste ano, a Meta, controladora do Facebook, anunciou um benefício para os funcionários trans, além de seus dependentes, na América Latina. Eles têm acesso a uma cobertura mais ampla do plano médico corporativo, que inclui a transição de gênero, além dos recursos de saúde mental já oferecidos pela empresa.
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D&I na Microsoft
O trabalho de diversidade começa internamente na Microsoft. São quatro grupos na empresa – Acessibilidade, GLEAM (Global LGBTQIA+ Employees & Allies at Microsoft), WAM (Women at Microsoft) e BAM (Blacks at Microsoft) – que se organizam para debater e promover palestras e ações dentro e fora dela. “A gente fechou o ano fiscal de 2021 com 99% dos funcionários treinados no Brasil para saberem como se portar e abrirem a cabeça para evitar qualquer viés.”
O segundo passo é olhar para fora. No ano passado, a companhia desenvolveu projetos para capacitar mulheres em tecnologia, lançou a terceira edição do Black Women in Tech, voltado para mulheres pretas e outras iniciativas para acessibilidade e profissionais LGBT. “A gente tem uma escassez enorme de profissionais no mercado de tecnologia e a oportunidade de trazer essas pessoas, capacitar e gerar emprego.”
Ele ressalta a importância das vagas afirmativas e de ter líderes com foco na inclusão e com intencionalidade em contratar perfis mais diversos. “Nosso objetivo é ter uma empresa plural, com diversidade de perfis e ideias.”
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