Nuno Lopes Alves, country manager da Visa no Brasil, esteve ontem (16) na live case com o CEO e publisher da Forbes, Antonio Camarotti, falando sobre liderança e inovação. A conversa faz parte do programa de formação Leading the Future, criado pela Forbes e SingularityU para preparar as próximas lideranças de negócios.
Abaixo, alguns destaques da conversa:
Brasil é celeiro de inovação
“Dos 80 milhões de comércios que aceitam Visa no mundo, 10 milhões são brasileiros, são as famosas maquininhas. Por ser um mercado muito dinâmico, onde a população é grande, tem uma renda importante em relação aos outros países da América Latina e que adota muito rápido as novidades, isso tudo acaba fazendo do brasil um celeiro de inovações para a companhia no mundo. A gente testa primeiro aqui.”
Várias frentes de inovação
“Inovar é um processo com várias frentes. A gente sempre busca entender como pensa quem quer acabar com nosso negócio e nossa indústria, pois assim podemos imaginar qual será a próxima inovação e destruir crenças antigas. Tem que buscar networking que fuja do convencional, dentro e fora da empresa. Tenha mais conversas com designers, com antropólogos, com quem está fora da indústria e que nos inspire a ter conversas diferentes. Precisa ter uma diversidade de interações e perspectivas para ampliar os horizontes.”
Segurança psicológica
“Investimos em colaboração, o que é muito importante em nossa estrutura matricial de hoje. Tem que ter espaço e segurança psicológica para todos. Espaço para opinar, para ter a segurança de expandir a zona de conforto. Antes de entrar na defensiva quando você ouve a crítica, pare, ouça, dê espaço para a inovação. Descubra como cada pessoa pode contribuir, assim se novas perspectivas.”
Mais perguntas e menos apresentação de resultados
“Investir em disrupção é romper práticas do passado. O que sempre foi feito nos impede de fazer algo diferente. Logo, a gente não quer ter respostas prontas, mas ouvir o que pode ser feito de novo e de diferente. Não queremos ficar mostrando as práticas e estruturas do passado, os resultados do que foi bem apenas. Abrir a discussão e fazer perguntas passa a ter um lugar mais importante do que apresentar o que deu certo antes.”
Problema é oportunidade de aprender
“Em 2007, escalei o Kilimanjaro, mas o desafio de verdade não é chegar ao topo, mas percorrer todo o caminho, viver as novas experiências. Essa foi a grande motivação. É o aprendizado que me motiva. O ponto é gostar do risco e ver um problema como uma nova chance de fazer algo relevante. O maior risco é não fazer nada. Tem mais gente demitida por não ter feito nada do que por ter feito algo.”
Inovação vem da humildade
“Eu tenho muita liberdade de atuação, posso errar e experimentar, e não quero admitir que tudo o que a gente faz é certo e é perfeito. A empresa tem que estar sempre buscando aprender, ter humildade. A gente não sabe muita coisa. Para inovar, tem que ter curiosidade de aprender.”
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